Ana Moura encanta Angola em festival de Fado


A conceituada artista portuguesa, Ana Moura, participou da segunda edição do festival de fado, organizado pelo grupo Caixa Angola, ocorrido no Cine Atlântico. Em entrevista exclusiva ao AngoRussia, falou sobre o festival e a alegria por estar em Angola.

Ana Moura é um nome que dispensa apresentações no mercado musical português e internacional. A artista participou como cabeça de cartaz do festival internacional de fado em Angola. Ao lado de artistas portugueses e angolanos.

Pela quarta vez em angola confessa-se apaixonada pelos ritmos dançantes do pais, afinal é filha de pais angolanos, e ouviu a infância toda artistas conceituados como “Rui Mingas” do qual é Fã e interpretou durante o espectáculo o seu clássico em língua nacional Kimbundu “Hoola hoop” ao lado de Toty samed, artista angolano que trabalha pela terceira vez com Ana Moura.

“É uma honra te-lo como convidado adoro o trabalho do Toty”. Declarou a artista.

Ana Moura diz ter muito prazer em cantar com artistas angolanos dos quais referiu o conceituado artista Daniel Nascimento, que cantou fado com a artista.

“O Daniel canta muito bem o fado, ele tem alma de fadista. A primeira vez que o vi cantar fiquei impressionada e é um prazer partilhar o palco com um artista da dimensão dele”.

Foi convidada especial do festival a diva Ary, a mais querida pelos angolanos, que cantou temas de Amália Rodrigues.

Para Ana Moura o festival internacional de fado é mais do que um momento musical, pois considera ser uma fonte de troca de culturas, o romper de barreiras.

“Neste festival é celebrada a união que inevitavelmente Angola tem com Portugal. É a junção de culturas mesmo a distância”.

” Sinto-me em casa, Angola é meu pais pois tenho uma costela angolana e outra portuguesa. Meus pais são angolanos, e tenho muita vontade de conhecer o Lubango que é a terra da minha mãe, e o Namibe, terra do meu pai. Essa minha costela angolana não permite que me esqueça de Angola” tenho um carinho imenso pelas minhas raízes. Garantiu a artista.

Ana Moura disse que o festival foi uma experiência única, e que tem acompanhado muitos artistas angolanos. Admira a musicalidade e versatilidade musical angolana por essa razão cantou uma musica nova com o renomado artista angolano “Bonga”.

“Amo a musica angolana, o som da dikanza, por isso esteve presente no espectáculo o ritmo angolano”

Ana Cláudia Moura Pereira é natural de Coruche. Os seus pais cantavam em festas familiares e aos seis anos Ana Moura já cantava canções como “o Cavalo Ruço”, enquanto ouvia frequentemente a mãe a cantar.

Apesar do interesse pelo Fado, Ana Moura iniciou-se numa banda de covers de pop/rock, “os Sexto Sentido”, formado por colegas de escola. Certo dia canta um fado num bar em Carcavelos, impressiona o guitarrista António Parreira, que apresenta Ana Moura à Maria da Fé. Contratada para o “senhor vinho” por Maria da Fé, Ana Moura lança o seu primeiro CD; surge assim Guarda-me a Vida na Mão em 2003, Seguido de de outros trabalhos.

Álbuns

Aconteceu: 2004

Para Além da Saudade: 2007

Leva-me aos Fados: 2009

Desfado: 2012

Simplesmente “Moura”: 2015

Ana Moura é actualmente uma das fadistas mais conceituadas de Portugal, pelo seu excelente timbre de voz, beleza e enorme simpatia para com o seu público.

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