Em menos de um mês, professores prosseguem com segunda greve


Em menos de um mês os professores acharam por bem realizar a segunda greve, sob alegação da falta de consenso com o governo sobre as reivindicações e insatisfação pela proposta recebida. A mesma está prevista a realizar-se de 25 de Abril à 5 de Maio. 

Em busca da satisfação das suas inquietações, a nova greve dos professores  vai decorrer entre 25 de Abril e 5 de Maio, conforme decisão tomada ontem e comunicada no final da reunião do Sindicato Nacional dos Professores (Sinprof) com os secretários provinciais sindicais.

“No âmbito da greve dos dias 5, 6 e 7 de Abril, a segunda fase vai das 7h00 do dia 25 de Abril até o dia 5 de Maio de 2017, cuja paralisação abrange os estabelecimentos públicos e comparticipados do subsistema de ensino não universitário em todo território nacional, como forma de pressão pela tomada de medidas conducentes à resolução dos problemas em causa”, lê-se no comunicado final da reunião.

No comunicado, o Sinprof acrescenta ainda que, na segunda-feira, seguirá para o Ministério da Educação “expediente sobre a segunda fase da greve”.

O Sinprof diz aguardar desde 2013 por respostas do governo e das direcções provinciais de Educação ao caderno reivindicativo, nomeadamente sobre o aumento do salário, a promoção de categoria e a redução da carga horária, mas “nem sequer 10 por cento das reclamações foram atendidas”.

Na primeira fase desta greve convocada pelo Sinprof, entre 5 e 7 de Abril, dezenas de escolas em Luanda fecharam portas por falta de professores, cenário que se repetiu em várias províncias, por entre denúncias dos docentes de “retaliações e intimidações”.

De acordo com o presidente do Sinprof, Guilherme Silva, o sindicato teve um encontro no dia 18 de Abril com a comissão negocial do Ministério da Educação, cujos resultados não foram animadores para a classe docente.

“Avaliar como negativa, por ineficácia, a proposta para negociação da entidade patronal quanto aos conhecidos pontos reivindicados: actualização de categorias, reajuste salarial, subsídios em falta, passagem à efectividade e condições de trabalho”, acrescenta o Sinprof.

Sinprof continua aberto ao diálogo antes, durante e depois desta paralisação” e que persiste a desmotivação no seio dos professores, “com o acesso fechado à justa implementação dos subsídios”, segundo espelha ainda a mesma nota.

Denúncias de retaliações e ameaças aos professores no interior do país em consequência da primeira paralisação das aulas foram uma vez mais apresentadas pelo presidente do Sindicato dos Professores, segundo noticia o Rede Angola.

“Um pouco por todo país estamos a sofrer retaliações tendo em conta a greve que tivemos nos dias 5, 6 e 7 de Abril. Inúmeros professores que não estão a leccionar na Luanda Sul por ameaças de desactivação de nomes nas fichas do Estado”, acusou Guilherme Silva.


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