TAAG recebe hoje último Boeing 777-300 de encomenda de três


A transportadora aérea angolana TAAG recebe hoje o novo avião Boeing 777-300 ER, batizado de “Morro do Moco”, o último de uma encomenda de três à empresa norte-americana, indicou à Lusa uma fonte da companhia de bandeira.

TAAG

A cerimónia de chegada a Angola da nova aeronave está prevista para o aeroporto internacional de Luanda, na presença de membros do Governo, mas acontece com três meses de atraso face à última previsão da administração da TAAG.

A Lusa noticiou a 31 de agosto que o Estado angolano contraiu um empréstimo intercalar de 153,6 milhões de dólares para garantir a entrega do terceiro avião Boeing 777-300 ER.

De acordo com um despacho assinado pelo Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, que também concede uma garantia soberana à operação, trata-se de um “empréstimo intercalar” concedido pela Boeing Capital Corporation (BCC), justificado pela “necessidade” da “pontualidade da entrega por parte do fabricante”.

Trata-se de um empréstimo intercalar (equivalente a 137,8 milhões de euros), tendo em conta o financiamento previsto pelo Exim Bank (banco de fomento das exportações norte-americanas) para esta aquisição, mas que ainda não estará disponível.

A entrega desta aeronave pela norte-americana Boeing, a última de uma encomenda de três, chegou a ser anunciada para junho passado pelo administrador da companhia aérea de bandeira angolana. Desde então, a TAAG tem vindo a cortar várias ligações menos lucrativas, de forma a reduzir os prejuízos.

Em declarações à Lusa em maio último, durante o voo de demonstração do Boeing 777-300 ER “Iona” – o segundo desta encomenda -, Peter Hill, presidente do conselho de administração da companhia aérea estatal angolana, garantiu o objetivo de reforçar as rotas para Portugal, as mais lucrativas da empresa.

O contrato para a aquisição das três aeronaves do género foi assinado entre a TAAG e a Boeing a 27 de março de 2012, tendo a primeira destas entrado ao serviço em 2014.

A terceira, explicou então Peter Hill, deveria ter chegado a Luanda no mês de junho passado, depois de concluído o processo de financiamento, para garantir as ligações de Angola para a América do Sul a partir de julho, o que não se concretizou até ao momento.

Estas aeronaves têm capacidade para transportar 225 passageiros em classe económica, 56 em executiva e 12 em primeira classe, possibilitando o acesso a telemóvel e internet a bordo.

Com a chegada da terceira aeronave, a companhia passará a operar com oito 777 da construtora norte-americana.

O administrador britânico – a TAAG é gerida desde 2015 pela Emirates ao abrigo de um contrato com o Governo angolano – admitiu que a companhia já estuda a estreia de novas rotas de Luanda para duas capitais europeias, além das ligações atuais para Portugal.

“No momento não temos planos, porque o mercado está em recessão. Mas esperamos começar no próximo ano para Paris e Londres”, apontou.

A companhia assegura voos internacionais e rotas nacionais com recurso a cinco aviões Boeing 737 e seis 777 (200 e 300, acresce o novo Iona), estes para operar rotas também para Lisboa e Porto, além do Brasil e Cuba, entre outros destinos.

Lusa


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