O avançado Real Madrid, Vinicius Júnior falou na noite desta sexta-feira, 16 de Setembro, durante uma entrevista num programa televisivo da Espanha, sobre os ataques que sofreu quando o empresário Pedro Bravo considerou as suas comemorações transmitidas em forma de dança como “m@caquices”.
Num vídeo publicado na conta oficial do Twitter, o jogador disse que as humilhações já acontecem há tempos e recordou outros momentos em que teve que lidar com esse tipo de situação.
“Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho nos olhos, haverá guerra. Tenho essa frase tatuada no corpo e tenho atitude na minha vida que transforma essa filosofia em prática. Dizem que felicidade incomoda. A felicidade de um preto brasileiro, vitorioso na Europa, incomoda muito mais. Mas a minha vontade de vencer, meu sorriso, meu brilho nos olhos são muito maiores do que isso. Fui vítima de xenofobia e racismo numa só declaração. Mas nada disso começou ontem”, disse o jogador.
O craque do Real Madrid recordou ainda de alguns insultos de que foi alvo no passado e sublinhou a diferença de haver um negro brasileiro a vingar na Europa aos olhos de outras pessoas.
“Há semanas, começaram a descriminalizar as minhas danças. Danças que não são minhas. São do Ronaldinho, do Neymar, do Paquetá, do Pogba, do Matheus Cunha, do Griezmann e do João Félix. Dos ‘funkeiros’ e sambistas brasileiros. Dos cantores latinos de ‘reggaeton’ e dos pretos americanos. São danças para celebrar a diversidade cultural do mundo. Aceitem, respeitem ou surtem. Eu não vou parar. Não costumo vir publicamente rebater crítica. Sou atacado e não falo, sou elogiado e também não falo. Eu trabalho, e muito. Dentro e fora de campo”, completou.
✊🏿🖤! Obrigado pelo apoio! Eu não vou parar! #BailaViniJr pic.twitter.com/h3RsmwYAYw
— Vini Jr. (@vinijr) September 16, 2022