Se alguém ainda duvidava de que Messi anda em xeque na Argentina, Diego Maradona tratou de esclarecer: o atacante do Barcelona está mesmo longe de ser unanimidade entre os hermanos, pelo menos foi o que antiga estrela revelou ao Diário Olé.
Em entrevista ao diário esportivo Olé, publicada nesta segunda-feira, Maradona fez elogios ao craque argentino, que “continua a ser um fenômeno como sempre”. Mas deixou claro que Messi precisa render mais na seleção.
“É fácil criticá-lo. Temos o melhor do mundo, que marca quatro golos contra a Real Sociedad, vem para a seleção e não toca na bola. É argentino ou sueco?” – questionou Maradona, cheio de irreverência, antes de criticar aqueles que pedem tratamento especial a Messi.
“Messi tem que ser tratado como qualquer jogador que veste a camisa da seleção. Como o melhor do mundo, para o bem e para o mal” – completou.
Maradona representa como poucos um choque de gerações na seleção argentina. Campeão da Copa do Mundo de 1986, ainda estava em atividade na época do último título profissional dos hermanos: a Taça América de 1993. No ano seguinte, no Mundial dos EUA, Maradona seria pego no antidoping.
De lá para cá, os hermanos acumulam dois ouros olímpicos, em 2004 e 2008, mas nada de títulos na categoria principal. O orgulho ficou ferido depois dos vice-campeonatos do Mundial de 2014, diante da Alemanha, e na Copa América deste ano, contra o Chile. Maradona, no entanto, pediu que não “se faça uma novela” em relação ao papel de Messi como líder da seleção.
“Aqueles que o criticam para melhorar, perfeito. Agora, isso de fazer uma enquete para ver se deve jogar na seleção ou não, estamos a fugir do tema. Não se deve ser extremista, tampouco se acostumar a ficar sempre em segundo.”