O suíço Gianni Infantino, de 45 anos, é o novo presidente da Fifa. O ex-secretário-geral da Uefa derrotou três candidatos e, no segundo turno, foi eleito nesta sexta-feira para um mandato até 2019 – complementando o tempo deixado pelo antecessor, Joseph Blatter.
Infantino será o nono mandatário da entidade, o oitavo europeu. Sua missão será resgatar uma entidade devastada por escândalos de corrupção e na maior crise de credibilidade de sua história. O advogado de 45 anos, que tem nacionalidade suíça e italiana e era desde 2009 secretário-geral da UEFA, foi eleito para o período 2016-2019.
“Fiz uma viagem excepcional, que me levou a conhecer muita gente fantástica. Muita gente que ama, respira e vive o futebol todos os dias. E que merece que a FIFA seja respeitada. Vamos recuperar a imagem da FIFA e toda a gente nos vai reconhecer pelo que vamos fazer. Temos de ter orgulho na FIFA”, afirmou Infantino no seu discurso de vitória.
“O futebol e a FIFA passaram por momentos tristes, de crise. Mas esses tempos acabaram. Temos de implementar reformas, melhorar a administração e transparência. Mas também precisamos de respeito, queremos recuperar o respeito do mundo inteiro pelo futebol”, acrescentou o novo presidente do organismo que tutela o futebol mundial.
Infantino foi eleito à segunda volta, após uma primeira ronda em que recolheu 88 votos, contra 85 do xeque Salman bin Ebrahim al-Khalifa (Bahrein), 27 do príncipe Al bin al-Hussein e sete de Jérôme Champagne. Eram necessários dois terços dos votos (138) para haver um vencedor à primeira.
Na segunda votação o regulamento eleitoral da FIFA prevê que seja eleito o candidato que recolha a maioria simples dos votos. E foi o que sucedeu: Infantino teve 115, batendo o xeque Salman bin Ebrahim al-Khalifa (88) e o príncipe Al bin al-Hussein (4).
Gianni Infantino teve o apoio público da Federação Portuguesa de Futebol e reuniu alguns apoios mediáticos, como por exemplo José Mourinho, Luís Figo e Durão Barroso.
Entre as propostas apresentadas pelo novo presidente da FIFA estava a distribuição de mais dinheiro às federações e alargar o Campeonato do Mundo das 32 equipas actuais para 40.