Ambiente ensurdecedor, ovações e muitas vaias foi assim que se viveu, nas bancadas, o jogo da final entre Recreativo do Libolo – Petro de Luanda. Se dependesse do número de adeptos, esta última equipa seria campeã africana de clubes mesmo antes do fim da contenda, no Pavilhão do Kilamba.
A partida foi a reedição do último campeonato nacional, em que o Petro venceu na finalíssima. entretanto, mas recentemente, para a supertaça, o Libolo levou a melhor.
No jogo de hoje, sempre que fosse a cesta Quezada não conseguia transformar em pontos, contrariamente a Reggie Moore que comandou a equipa tricolor com sete pontos seguidos, nos primeoiros cinco minutos do quarto inicial.
Do lado da equipa campeã africana Carlos Morais teve a visibilidade necessária ao converter lances livres e dois triplos.
Cinco empates 11-11,15-15, 19-19, 21-21, 24-24 no decurso a desenrolar do desafio em que o Petro de Luanda, derrotado duas vezes na fase de grupos. Ao contrário, o Libolo estava invicto até hoje, rumo à revalidação.
Num início de jogo muito refinado, pelo rigor defensivo e ofensivo apresentado pelos dois emblemas angolanos, foi o Petro que conseguiu vantagem ao final do primeiro quarto por 26-24.
A etapa seguinte pintou a chama “tricolor” e a quatro minutos do intervalo abriu sete pontos à frente (35-28) a custa de muito nervosismo do Libolo. Valeu a serenidade petrolífera que também mais vezes rodava o banco, no intuito de gerir as faltas e equilíbrio na técnica de cada jogador que fosse lançado.
Mas a experiência de Cipriano e a garra de Milton Barros fizeram com que o Libolo recuperasse tempo e ficasse próximo do marcador (40-35) contando ainda com o apoio do seu público.
Imparável, com as soluções em campo e no banco, visto que não se sentia qualquer diferença entre quem saísse e quem entrasse, momento que obrigou a equipa técnica da equipa do Cuanza Sul a solicitar um desconto de tempo que em nada serviu, pois o Petro de Luanda saiu com a vantagem de 49-37 para o intervalo.
No terceiro período, coube ao base do Libolo Bráulio Morais iniciar o “festival” com um triplo, depois de desenquadrar Quezada. esta jogada levou por instamtes algum conforto para os torcedores “laranjas” nas bancadas do multiusos do Kilamba.
Por largos três minutos, os comandados de Adingono “apagaram-se” nas ideias e o Libolo conseguiu marcar pontos que lhe permitiram sonhar na recuperação até quatro pontos (62-58).
A sorte não parecia estar do lado da equipa dos irmãos Morais, que não conseguiam fazer o seu jogo característico, tendo o Petro saído para o final do terceiro período mais uma vez em vantagem 67-63.
Em vez do lançador nato e para evitar ser surpreendido, as jogadas de ataque passaram a ser canalizadas para Domingos Bonifacio, que discretamente marcou os pontos necessários para que se mantivessem sempre na frente.
Com muitas possibilidades de arrumar o jogo, a turma do eixo-viario foi em alguns momentos apresentando intranquilidade quando Leonel Paulo e Valdelicio Joaquim foran excluídos depois de atingirem a quinta falta. Eram fundamentais no jogo de tabelas.
Sem muitas soluções e com o moral baixo, o Libolo deixou de acelerar e foi cometendo sucessivas faltas, terminando com a derrota de 89-75.