O antigo futebolista Eusébio morreu. Eusébio da Silva Ferreira, antigo jogador do Benfica, morreu na madrugada de domingo em Lisboa, disse à Lusa fonte do clube.
A mesma fonte adiantou que Eusébio, 71 anos, morreu às 03h30, vítima de paragem cardiorespiratória.
Considerado um dos melhores jogadores de todos os tempos destacou-se ao serviço do Benfica e da Seleção Portuguesa, tendo sido determinante na conquistar do terceiro lugar no Campeonato do Mundo de 1966.
O “Pantera Negra” era conhecido pela sua velocidade, técnica e pelo seu poderoso e preciso remate de pé direito.
Nascido a 25 de Janeiro de 1942, Eusébio tornou-se o maior símbolo do futebol português. Vindo de Moçambique, chegou ao clube de Lisboa no Inverno de 1960. Foi nessa década que o “Pantera Negra” mais brilhou nos relvados, no Benfica e ao serviço da selecção de Portugal, no Mundial de 1966, onde foi o melhor marcador.
Sete vezes melhor goleador do campeonato português (1963/64, 64/65, 65/66, 66/67, 67/68, 69/70 e 72/73), duas vezes melhor marcador europeu (1967/68 e 72/73), Eusébio foi uma vez eleito melhor futebolista europeu.
Foi 11 vezes campeão nacional pelo Benfica – alinhando em 294 jogos, nos quais marcou 316 golos -, ganhou cinco Taças de Portugal, foi campeão europeu em 1961/62 e finalista da Taça dos Campeões em 1962/63 e 67/68.
Participou em 64 jogos da selecção de Portugal, pela qual se estreou em 8 de Outubro de 1961.
No Mundial de 1966, em Inglaterra, em que Portugal foi o terceiro classificado, venceu o troféu destinado ao melhor marcador da prova, com nove golos, e foi considerado o melhor jogador da competição.
Ficou célebre a sua actuação no jogo com a Coreia do Norte, dos quartos-de-final desse mundial, em que marcou quatro golos, contribuindo decisivamente para a vitória de Portugal a por 5-3, depois ter estado a perder por 0-3.
Recorde os golos de Eusébio
Federação de Angola lamenta a morte da Pantera Negra
A morte de Eusébio representa a perda de «um dos ícones do futebol mundial», disse à Lusa o presidente da Federação Angolana de Futebol, Pedro Neto, a propósito da morte hoje em Lisboa do futebolista.
“É um momento de bastante tristeza, na medida em que se perdeu um dos ícones do futebol mundial. Estrela mais cintilante do futebol português e, quiçá, que tenha passado pelas fileiras do Benfica e por todos estes motivos, por todos estes atributos, acredito que o futebol está mais pobre, vai ficar mais pobre”, disse Pedro Neto.
Para o presidente da federação angolana, a melhor forma de se homenagear Eusébio é “seguir o seu exemplo”.
Quanto à influência de Eusébio no desenvolvimento do futebol em África, Pedro Neto considera que foi evidente.
“De forma direta ou indireta, Eusébio acabou por ser um embaixador do futebol africano, na Europeu e no mundo. O seu exemplo enquanto atleta, enquanto jogador, porque não foram poucos os jovens que utilizaram o seu exemplo”, destacou.
Pedro Neto considerou ainda que Eusébio constituiu um “exemplo”, porque foi “a grande aspiração dos jovens futebolistas africanos, em particular das ex-colónias portuguesas”.
“Por todo este motivo, considero que Eusébio jogou um papel preponderante neste desiderato e com certeza com o seu passamento físico vamos continuar a utilizá-lo como um bastião para que o futebol africano possa ganhar mais projeção”, concluiu.