O Tribunal de Barcelona rejeitou o recurso de Messi e seu pai, Jorge Horacio Messi, que também é seu agente e responsável pela vida financeira do jogador, por acusação de fraude fiscal, segundo o jornal Marca.
De acordo com o jornal, o Tribunal de Justiça de Barcelona recusou na quarta-feira o recurso apresentado pelo atacante Lionel Messi e manteve a acusação contra o argentino de sonegar € 4,16 milhões que deveriam ter sido pagos à Receita Federal de Espanha. Com a decisão, o jogador e o pai, Jorge Horacio, podem ser julgados por três delitos fiscais. A acusação foi mantida mesmo depois de Horacio ter assumido toda a responsabilidade pelo caso e devolvido o dinheiro sonegado.
Messi e o pai foram acusados em 2013 de sonegar impostos sobre ganhos obtidos com direito de imagem do jogador entre 2007 e 2009. Para driblar a Receita espanhola teria sido criada uma estrutura societária em paraísos fiscais, como Belize e Uruguai. O objetivo seria evitar a cobrança de altos impostos na Espanha.
“Embora seja compreensível que um jogador de relevância não esteja ciente dos detalhes da gestão de uma herança milionária”, no caso de Messi havia indícios “para afirmar a existência de uma suspeita grave sobre a existência da dívida fiscal”, conclui o júri na sua decisão.
Horacio havia assumido a responsabilidade pelas irregularidades, desvinculando Messi da gestão do seu patrimônio financeiro e pedindo para excluir o filho do processo. Mas o tribunal de Gavà acabou se opondo, o que fez a família recorrer à instância superior.
Para o tribunal, a hipótese do desconhecimento de Messi “não o exclui necessariamente” do processo, pois ele “poderia ter notado a irregularidade dos contratos assinados e das declarações de rendimentos sujeitos à tributação que omitiu”.
Messi é o quarto atleta mais rico do mundo, segundo ranking da revista “Forbes”. Ele faturou no ano passado € 47,28 milhões.