Numa grande entrevista ao “As”, o “Fenómeno” faz comparações entre o argentino e CR7, chega ao ponto de responder à provocação sobre qual dos dois Ronaldos é melhor e recorda um Mourinho “tranquilo e divertido” quando era adjunto de Bobby Robson no Barcelona.
Ronaldo, o “fenómeno”, deu uma entrevista ao jornal espanhol “As”. Entre muitas e muitas matérias abordadas, o ex-jogador brasileiro não recusou fazer uma comparação entre Lionel Messi e Cristiano Ronaldo. “Messi parece-me mais completo, ou pelo menos mais decisivo. Nos momentos importantes aparece e marca golos. Messi faz a diferença sozinho, mas Cristiano também faz muitos golos sem espaço e cria também sozinho. Os dois estão num nível muito alto”, reconheceu com naturalidade.
Curiosidade das curiosidades nesta longa entrevista: a parte, inicial, em que comenta a afirmação de José Mourinho sobre o facto de ter comparado os dois Ronaldos. “São coisas de Mourinho. Prefiro não entrar em polémicas”, reagiu entre risos e uma clara boa disposição. “Há que respeitar a opinião de cada um. Cada jogador escreve a sua história e a história de um futebolista não exclui a do outro. Estou contente por ter terminado a carreira como aconteceu”, adiantou.
Desafiado a responder sobre quem acha que é melhor, se ele ou Cristiano Ronaldo, respondeu com um louvável fair-play e muita inteligência: “Nem sequer nos parecemos a jogar. Eu era mais ponta de lança, jogador de área, e ele pode dizer-se que é um segundo ponta de lança. O Cristiano, nos últimos anos, no Real Madrid, aprendeu a marcar golos e marcar golos é o mais bonito do Mundo! E se marca muitos golos é porque é muito bom, ninguém faz muitos golos por sorte”, defendeu o antigo jogador que terminou um dourado percurso em 2011, no Corinthians, depois de ter representado São Cristóvão (até aos sub-17), Cruzeiro, PSV Eindhoven (entre 1994 e 1996), Barcelona (1996/97), Inter de Milão (1997/98 até 2001/02), Real Madrid (2002/03 a 2006/07) e Milan, entre 2006/07 e 2007/08.
Quando tinha 19 anos e estava no Barcelona, Ronaldo encontrou José Mourinho, na altura adjunto de Bobby Robson. “Era muito tranquilo e divertido. Saía com os jogadores para almoçar e jantar com os jogadores que falavam portugués, como eu. Ajudou-me muito e agora penso que teria adorado que tivesse sido meu treinador”, confidenciou um dos melhores avançados de sempre do futebol mundial e que pelo Brasil, marcou 62 golos em 98 jogos e foi duas vezes campeão do Mundo.
Por: O Jogo