“Substituído aos 28 minutos do segundo tempo por Clarence Seedorf, Mário Balotelli foi flagrado a chorar no banco de reservas após adeptos entoarem hinos racistas durante a derrota do Milan por 3 a 1 para o Napoli neste sábado (8/02), no estádio San Paolo”.
Como é possível, que em pleno século 21, o racismo ainda fale tão alto? Como é que se pode admitir que esse abismo racial se faça sentir dessa forma tão cruel, na nossa “dita sociedade evoluída”? Até quando o nosso racismo multifacetado que percorre género, sexualidade, etnia, classe ou grupo social, falará mais alto que as nossas igualdades?
Mesmo depois de Zumbi dos Palmares, do pugilista Muhammad Ali, dos médicos e cientistas Charles Richard drew (fez descobertas importantes no campo de transfusões sanguíneas no inicio da segunda guerra mundial),do actual presidente dos EUA Barak Obama, do cantor Michael Jackson, Bob Marley, do escritor Machado de Assis, do activista Nelson Mandela, Malcolm X e Martin Luther King Jr, e tantas outras personalidades negras que lutaram para a igualdade racial e apesar de tanta modernidade, o mundo ainda olha com indiferença a raça negra.
Não podemos aceitar a ideia absurda de que os negros sejam inferiores em relação as outras, raças e permitir que a discriminação racial ainda exista. O sangue que corre nas nossas veias é da mesma cor e tem a mesma constituição. Nenhum de nós é melhor que o outro por termos tons de pele diferentes.