Luso-angolana Patrícia Mamona vence medalha de prata por Portugal nos Jogos Olímpicos de Tokyo 2020


A atleta portuguesa,  com ascendência angolana, Patrícia Mamona de 32 anos, conquistou competindo por Portugal, a medalha de prata no triplo salto feminino, dos Jogos Olímpicos Tóquio’2020, tendo batido o recorde nacional português que se situa agora na marca dos 15,01 cm.

Aos 32 anos, Mamona chegou nos seus terceiros Jogos ao ponto mais alto de uma carreira com mais de três dezenas de participações nas principais provas internacionais, de Europeus, com dois ouros, em pista coberta e ao ar livre, a Mundiais.

À frente da portuguesa ficou a venezuelana Yulimar Rojar que venceu a medalha de ouro com o recorde mundial de 15.67 metros. A medalha de bronze foi para a espanhola Ana Peleteiro com 14,87 metros, conseguindo o novo recorde nacional para o seu país.

Campeã europeia absoluta em 2016, e vice-campeã em 2012, Mamona foi finalista olímpica no Rio2016 e agora subiu a parada, após cinco anos de trabalho.

Esta foi a segunda medalha nos Jogos Olímpicos de Tóquio para Portugal, após a conquista da medalha de bronze na categoria de -100kg pelo judoca Jorge Fonseca.

Filha de pais angolanos, Patrícia Mbengani Bravo Mamona nasceu em 21 de novembro de 1988 em Lisboa e viveu até adolescente no Cacém, nos arredores da capital portuguesa. Foi lá que foi descoberta pelo treinador José Uva, então ligado à Juventude Operária de Monte Abraão (JOMA), que viu nela uma atleta completa, capaz mesmo de excelentes resultados nas provas combinadas.

Filha de um pai funcionário da IBM e mãe auxiliar de enfermagem, cresceu em Agualva, no concelho de Sintra. O pai é angolano do Uíge e o seu apelido significa visionário em quicongo.

Quando tinha 13 anos, o pai emigrou para Inglaterra e o resto da família juntou-se mais tarde. Patrícia ficou em Portugal por causa do atletismo e para terminar os estudos. Aos 17 anos, ganhou uma bolsa e foi estudar Medicina na Universidade Clemson, na Carolina do Sul.

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