Jogador argentino agredido até à morte por adversário e adeptos rivais


Um jogador de futebol argentino de 33 anos morreu na sequência de confrontos com um jogador e adeptos de um clube rival, após um jogo no sábado do campeonato regional.

Franco Nieto

De acordo com a fonte, o jogo entre Tiro Federal e Chacarita, duas equipas de Aimogasta, a 1220 quilómetros de Buenos Aires, teve de ser suspenso a 10 minutos do fim devido a confrontos entre os jogadores.

Franco Nieto, capitão do Tiro Federal, foi agredido por um grupo em que se encontrava” um jogador da equipa adversária, um assistente de treinador e um barrabrava” [membro de um grupo de adeptos violentos], disse à cadeia de televisão TN o chefe da polícia regional, citado pela AFP.

“Vieram pessoas insultá-lo. Deram-lhe pontapés e socos”, relatou o sobrinho da vítima. “Ele tentou defender-se mas deram-lhe um violento golpe na cabeça. Foi operado na terça-feira. Morreu hoje [quarta-feira].

O incidente ocorreu depois que o árbitro suspendeu a partida a 15 minutos do fim, após o início de uma confusão generalizada no revaldo. Quando o Tiro Federal ganhava por 3 a 1, o clima do jogo começou a ficar tenso, com discussões e entradas fortes, até ser iniciada uma briga em campo, que culminou na expulsão de oito jogadores – três do Tiro, um deles Franco, e cinco do Chacarita.

Depois que o juiz interrompeu o jogo, Franco Nieto teria sido agredido por três torcedores rivais, quando entrava em seu carro e preparava-se para deixar o estádio. O jogador foi atingido por um tijolo na cabeça, ficando inconsciente. Ele foi levado diretamente para o hospital San Nicolás e, depois, transferido para o Vera Barro, onde os médicos realizaram uma cirurgia e tentaram recuperá-lo por três dias, mas não tiveram êxito. A liga de Aimogasta suspendeu o campeonato diante da tragédia.

A polícia logo passou a investigar o caso e conseguiu identificar os torcedores que agrediram Nieto na saída do estádio. Um deles tem o apelido de “Barrionuevo”, enquanto o outro é conhecido como “Díaz”. O terceiro participante seria menor de idade. Todos já teriam sido detidos, a pedido da juíza Dolores Lazarte.

– Entre os agressores, havia um jogador do time rival e um assistente do treinador, além de um “barrabrava” – disse Fabián Bordón, chefe da polícial local, ao canal “TN”.

A violência no futebol argentino já matou 15 pessoas desde o início do ano, mais três que no mesmo período de 2013, de acordo com a organização não-governamental  Salvemos al Futbol.


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