O secretário-geral da Interpol confirmou nesta sexta-feira que uma equipa da agência internacional de combate ao crime foi enviada para o Brasil devido ao risco de manipulação de resultados durante o Mundial de futebol e suspeitas de apostas ilegais.
Ron Noble disse à CNN que existem “grupos de crime organizado envolvidos em apostas ilegais” e que com “as apostas ilegais há uma maior probabilidade de que possa haver uma influência sobre o resultado de um jogo ou uma influência sobre o que acontece dentro de campo com base num suborno ou algum tipo de acto de corrupção”.
Numa entrevista à BBC em Maio deste ano, Ralf Mutschke, antigo elemento da Interpol e actual responsável pela segurança na FIFA, admitiu que não há jogos imunes à corrupção, mesmo os dos Mundial 2014. Mutschke afirmou que há equipas que já foram identificadas por grupos organizados como vulneráveis, e que alguns jogadores foram mesmo abordados, e que os jogos de preparação também estiveram sob a ameaça.
Nos últimos dois anos, Mutschke e a sua equipa estiveram a preparar-se para o Mundial. “Não estamos à espera que chantagistas viajem para o Brasil e batam à porta dos hotéis dos jogadores, mas sei que terá havido abordagens a jogadores e árbitros”, contou à estação de televisão britânica.
O responsável pela segurança da FIFA negou-se a revelar quais as selecções e grupos criminosos que estão sob vigilância apertada da Interpol.