Espanha, França, Inglaterra e Holanda são as quatro semifinalistas do Euro2024, que mostram-se mais competentes e podem considerar-se as melhores do torneio, que vão disputar numa partida decisiva para a grande final de domingo, 14, em Berlim, no mítico e imponente Olympiastadion. Na terça-feira, 9, Espanha e França, reeditam um dos clássicos da Europa, no relvado da Allianz Arena, em Munique.
A Espanha chegou aos quartos-de-final depois de liderar o Grupo B, ter cilindrado a Geórgia (4-1) nos oitavos, e deixado em casa a anfitriã Alemanha (2-1), com Mikel Merino a marcar aos 119 minutos para decidir a partida. A equipa de Luís de la Fuente tem jogado com uma coesão, agressividade e controlo, e parece estar acima de qualquer outro colectivo no torneio.
A França, apesar de todo o seu incrível talento, não jogou o suficiente durante o torneio e contou com uma defesa estanque para passar. Os “bleus” ficaram em segundo lugar no Grupo D, depois derrotaram a Bélgica por 1-0 nos oitavos-de-final e acabou com o sonho português, nos quartos de final, nos penáltis, com a equipa de Didier Deschamps a avançar por 5-3. No entanto, o facto de terem marcado apenas três golos até ao momento – dois deles autogolos e um de grande penalidade – sugere que a França ainda não saiu da segunda velocidade.
No campo individual, a dupla de extemos da Espanha vai tirar o sono a toda a defesa francesa, Nico Williams e Lamine Yamal estão numa forma incrível e certamente inspirados para “destruir” a defesa “Bleu”. Do lado oposto, Kylian Mbappe vai ter que reinventar-se, superar todas as suas exibições anteriores e fazer o seu grande jogo.
No confronto directo, Espanha e França já se enfrentaram em 36 partidas desde 1922. La Furia Roja conquistou 16 vitórias em comparação com 13 dos Les Bleus, enquanto sete jogos foram empatados.
As equipas defrontaram-se pela última vez na final da UEFA Nations League, em Outubro de 2021, com a França a vencer por 2-1 em Milão, graças aos golos de Karim Benzema e Kylian Mbappe.
Na segunda meia-final, quarta-feira, 10, será um segundo embate e igualmente imprevisível. A Holanda cresceu com uma força neste torneio, recuperando do terceiro lugar no Grupo D, atrás da Áustria e da França, para derrotar a Roménia por 3-0 nos oitavos-de-final. Depois mostrou grande compostura e resiliência para recuperar da desvantagem e derrotar a Turquia por 2- 1 nos quartos-de-final – através do herói improvável Stefan De Vrij e um auto-golo de Mert Muldur. A Oranje pode não ter o talento dos outros três semifinalistas, mas tem uma astúcia e autoconfiança que ainda pode levá-la à glória.
A Inglaterra, apesar da falta de coesão ao longo do torneio, avançou para as quartos de finais após liderar o Grupo C, com uma dramática vitória por 2 a 1 no prolongamento sobre a Eslováquia e uma vitória na disputa de pénaltis sobre a Suíça nos quartos-de-final.
A equipa de Gareth Southgate não capitalizou totalmente as ferramentas que tem à sua disposição, mas isso talvez torne ainda mais impressionante o facto de terem chegado tão longe… e sugere que poderão atingir o seu ritmo no momento certo.