Brasil eliminado de forma precoce da Copa América com golo com a mão


Necessitado apenas de empatar para seguir em frente, o ‘onze’ de Carlos Dunga, que deixou Jonas no banco, foi derrotado por um golo irregular, uma mão não detetada pelo árbitro uruguaio Andres Cunha e seus assistentes.

Peru

Em Foxborough, os jogadores brasileiros protestaram muito, nomeadamente o guarda-redes Alisson, mas, despois de quase quatro minutos de hesitações e trocas de palavras entre árbitro e assistentes, o golo foi mesmo validado.

O Brasil pode queixar-se pela forma como foi eliminado, mas o árbitro também lhe perdoou uma grande penalidade e foram muitos os seus erros próprios, sobretudo o ‘zero’ na finalização, apesar de várias oportunidades criadas.

“Tivemos oportunidades, mas a bola não quis entrar, é futebol. Não marcámos e pagámos por isso. O golo do Peru? A gente viu que a bola bateu na mão, mas não vale a pena falar disso. Os quatro árbitros falaram entre eles e disseram que nenhum viu mão”, lamentou Mirada, o ‘capitão’ brasileiro.

O Brasil teve, de facto várias ocasiões, nomeadamente na primeira parte, mas o guarda-redes Gallese deteve os remates de Filipe Luis (12 minutos) e Gabriel (26 e 41) e, pelo meio, Willian atirou por cima, em excelente posição (36).

Quase em cima do intervalo, aos 44 minutos, o Peru, que pouco fez ofensivamente na primeira metade, deveria ter beneficiado de uma penálti, por falta de Renato Augusto sobre Édison Flores. O árbitro mandou jogar.

Para a segunda parte, o Peru, obrigado a vencer, trouxe uma postura mais ofensiva e depois de uma primeira ameaça, num livre de Cueva, chegou ao golo aos 75 minutos: Guerrero combinou na direita com Andy Polo, que centrou para o remate do suplente Raúl Ruidíaz… com o braço direito.

Depois de vários minutos de discussões entre os árbitros, o golo foi validade e, até final, o Brasil pressionou, mas teve apenas uma ocasião, desperdiçada, aos 90+3 minutos, pelo ex-‘leão’ Elias, que falhou o remate na ‘cara’ de Gallese.

O Peru aguentou-se e está nos ‘quartos’ – nos quais vai defrontar a Colômbia -, juntando-se ao Equador, que, no primeiro jogo do dia, garantira uma lugar nos ‘quartos’ ao golear o Haiti por 4-0.

No MetLife Stadium, em New Jersey, os equatorianos precisavam de vencer por um mínimo de dois tentos de diferença e ganharam por quatro, num embate em que se destacou Enner Valencia, com um golo e duas assistências.

O avançado dos ingleses do West Ham inaugurou o marcador, aos 11 minutos, isolado por Christian Noboa, e, depois, em vez de voltar a marcar, ofereceu golos de baliza aberta a Jaime Ayovi, aos 20, e Jose Antonio Valencia, aos 78.

Aos 57 minutos, Noboa parou no peito um cruzamento da esquerda de Jefferson Montero e marcou de pé direito o terceiro tento do Equador, que tinha empatado os dois primeiros jogos (0-0 com o Brasil e 2-2 com o Peru).

O conjunto equatoriano vai defrontar os anfitriões Estados Unidos nos quartos de final, enquanto o Haiti, que se estreou na Copa América, despede-se com três derrotas em outros tantos jogos, um golo e 12 sofridos.


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