Foi nos penáltis que morreu o sonho de o Benfica quebrar a maldição de 52 anos sem vencer uma prova europeia. Depois de 120 minutos sem golos, o Sevilha foi melhor no desempate por grandes penalidades vencendo o Benfica, por 4-2, com o guarda-redes português Beto a ser decisivo.
Não adiantou finalizar mais (21 a 11), ter as melhores chances ou contar com maior apoio das arquibancadas. Para o Benfica, a final da Liga Europa está resumida aos pênaltis defendidos por Beto, goleiro revelado pelo Sporting e herói na conquista do tricampeonato do Sevilla. Se Óscar Cardozo e Rodrigo Moreno desperdiçaram as cobranças – o luso se adiantou em ambas -, o time andaluz fez o que se esperava e converteu todas, vencendo por 4 a 2 após empate por 0 a 0 no tempo normal e prorrogação, nesta quarta-feira, no Juventus Stadium, em Turim.
Grandes penalidades, o habitat de Beto. Envergonhou Cardozo, travou Rodrigo. O resto é história, especialmente para o Sevilha que mantém um registo 100% vitorioso em finais europeias e se transforma na quarta equipa a conquistar a competição por três vezes.
O Benfica, como tem sido tradição há 52 anos, vai ter de voltar a tentar. Encarnados seguem sem conquistar um título europeu desde 1962, quando faturou o bi da então Copa dos Campeões – actual Liga dos Campeões. Desde então, chegou a oito finais continentais e perdeu todas elas, as duas últimas consecutivas – em 2013, sofreu gol nos acréscimos do Chelsea. Coincidência ou não, o técnico húngaro Béla Guttmann, que guiou os encarnados no último triunfo, jogou uma maldição contra o time português após deixar o clube, dizendo que, sem ele, as Águias nunca mais venceriam uma taça europeia.