O árbitro angolano Hélder Martins teve de deixar o campo da Liga Muçulmana escoltado pela polícia… três horas depois de ter dado por concluída a partida entre a Liga Muçulmana e o TP Mazembe, da segunda mão dos oitavos de final da Taça CAF (2-1), em Maputo.
O trabalho do juiz foi duramente criticado pela Liga Muçulmana, o que valeu mesmo a expulsão do treinador Litos, que protestou a não marcação de uma óbvia grande penalidade a seu favor na segunda parte. Isso depois de a equipa moçambicana ter reclamado do que considerou ter sido «a passividade de Hélder Martins» em relação ao anti-jogo do TP Mazembe e a enorme complacência em relação às faltas dos congoleses.
Hélder Martins chegou mesmo a pedir à polícia que detivesse o treinador português. Mas esta recusou cumprir a ordem por a achar manifestamente exagerada, limitando-se, todavia, a acompanhar Litos para fora do relvado.
Adeptos revoltam-se
No final do jogo, centenas de irados adeptos moçambicanos aglomeraram-se junto ao balneário do árbitro, com pedras nas mãos, muitos gritos e ameaças.
A polícia chegou a disparar para o ar para dispersar a multidão e só quase três horas depois, fortemente escoltado, Helder Martins conseguiu abandonar o estádio.
De forma ainda informal, o caso chegou já ao Ministério da Juventude e Desportos de Moçambique, pedido para que seja feito um protesto formal junto do homólogo angolano, o que se admite que venha a acontecer.
Por:abola