O capitão da selecção nacional de basquetebol, Eduardo Mingas, denunciou a existência de actos de indisciplina táctica no seio da equipa e advertiu para a necessidade de se corrigir a situação, nos próximos dias, sob pena de perderem o troféu em sua posse.
Eduardo Mingas capitão da selecção angolana de basquetebol reconheceu que o problema não está no treinador e sim nos jogadores que actualmente vivem um desentendimento no selecionado.
“Não há problema de salários nem nada, nós é que estamos a jogar mal o treinador não tem culpa “afirmou o jogador a rádio cinco no final da partida com a RCA onde o cinco nacional venceu por um ponto se diferença (62-61).
Sem, no entanto, indicar nomes, Mingas considerou que se está a jogar como se fossem estrelas, comete-se os mesmos erros quando devia-se fazer melhor, numa altura em que, a seu ver, a equipa não está a jogar nada.
Apelou para a mudança de mentalidade e advertiu: “O campeonato só se ganha no final, nós estamos a jogar como se fossemos estrelas, apesar de que nos outros jogos pensamos que fosse a arbitragem, mas hoje não foi a arbitragem”.
Instado a pronunciar-se sobre reais motivos de tal comportamento, afirmou desconhecer, ao certo, mas sublinhou que não originam de problemas financeiros, pois ainda que houvesse dinheiros em atraso o grupo tinha que lutar para receber e dignificar tais valores.
O poste Yanick Moreira comunga da ideia de serem os atletas responsáveis pela má imagem que o basquetebol angolano está a passar em Tunis, onde está em defesa do título, e chama a atenção para se continuar a trabalhar e acreditar que as coisas vão dar certo.
“Estamos a tentar corrigir algumas coisas que não estão a correr bem, acho que temos de continuar a trabalhar”, disse garantindo haver forma física para encarar as fases seguintes da competição.
O jogador, responsável pela vitória apertada (62-61) ante a RCA, realçou que se deve melhorar, entre outros aspectos, nos lançamentos a longa distância.
Ainda assim, ambos prometem tudo fazer no sentido de Angola vencer, quinta-feira, o Egipto na partida dos quarto-de-finais.
A forma como os que acedem a comunicação social exteriorizam seus pensamentos, a expressão facial durante os pronunciamentos, inclusive do técnico nacional, a recusa de alguns a falarem para a imprensa, o clima de apatia que se verifica na maioria dos integrantes dão uma percepção geral de eventual instabilidade.