A selecção nacional sénior masculina de basquetebol disputa hoje, quinta-feira, em Radés, acesso às meias-finais do Afrobasket2015, diante do Egipto, reeditando a final do campeonato anterior, há dois anos, em Abidjan (Cote d?Ivoire), ganho por Angola.
O reencontro acontece numa altura menos boa do basquetebol angolano, face à má imagem que o combinado nacional está a deixar na prova, que se propôs revalidar.
Em quatro partidas, o seleccionador Moncho Lopez e comandados procurem ainda sua identidade no campeonato africano, pois não conseguem interpretar as acções de jogo de forma precisa e coesa, muito menos desenvolver as qualidades técnico-individuais e outras características que deram corpo à hegemonia de Angola no continente, em que tem 11 títulos conquistados em 13 possíveis.
As exibições e resultados pouco convincentes frente a adversários acessíveis contrastam com o percurso dos egípcios, que, melhores em relação a 2013 em Abidjan, têm estado a passear classe em Radés.
Angola ficou em segundo lugar no grupo B com cinco pontos resultantes de duas vitórias e uma derrota, tendo que se aplicar, a todos os níveis, para eliminar nos oitavos-de-final a modesta República Centro-Africana (62-61), enquanto o Egipto, primeiro do grupo C com seis pontos, ganhou os três jogos da série e na fase seguinte humilhou o frágil Zimbabwe, por 102-62.
Em face desta situação, acrescida à estrutura física e força psíquica dos “faraós”, cujo objectivo é igualmente ganhar, prevê-se um jogo equilibrado, durante o qual o conjunto nacional muito terá que trabalhar para manter as suas pretensões de revalidação do troféu.
Reggie Moore, a começar a aparecer nalguns momentos cruciais, e Yanick Moreira, a pretender certificar, mais cedo, ser capaz de sair de promessa a certeza, talvez sejam dos rostos angolanos mais visíveis na luta de tabelas com os egípcios, liderados pelo poste Assem Marei (2,05 m), coadjuvado por Kamal Khalifa (2,07 m), Aly Ahmed (2,05 m) e o jogador mais alto da prova, Omar Oraby, de 2,18 m de altura.
Não estando a “batalha” destinada somente aos dois postes acima referidos, caberá aos demais companheiros (Armando, Morais, Ambrósio, Mingas, Leonel, Ndoniema, Valdelício, Fortes, Bráulio e Hermegildo) a árdua tarefa de reconfirmar que a convincente vitória do cinco nacional na final do Afrobasket2013 sobre os egípcios (57-40) não foi mero acaso.
O Egipto-angola desta quinta-feira não terá Olímpio Cipriano, Milton Barros, Kikas Gomes e Carlos Almeida (este já retirado), que integravam a equipa ha dois anos.
Além da prova de Abidjan, o desafio reedita as finais de 1983, ganha pelo Egipto, e as de 1989 e 1993 vencidas por Angola.