O Tribunal Provincial de Luanda, sito no distrito urbano da Ingombota, condenou a 22 anos de prisão efectiva o réu , João de Deus ” Jota Jota”, por crime de violação sexual e burla de defraudação.
A sessão de crimes comuns da instância judicial informou que o réu vai ainda condenado dos crimes de extorsão e chantagem. Num acórdão lido pelo juiz da causa, José Pereira, o réu de 58 anos de idade deve indemnizar quatro vítimas no valor de quinhentos mil kwanzas cada e cem mil de taxa de justiça, conforme noticia a Angop.
O réu João de Deus, também conhecido por “Kota Jota Jota”, detido em Março de 2016 por suspeita de se fazer passar por curandeiro para abusar sexualmente de mulheres, começou a ser julgado pelo Tribunal Provincial de Luanda no principio do ano.
O acusado enganou várias mulheres que recorriam às suas supostas curandices na ânsia de relacionar-se conjugalmente com homens bem posicionados socialmente, num ritual que começava em casa das vítimas onde incluía o acto sexual entre João de Deus e suas clientes e terminavam no Cemitério da Mulemba ou no do Camama.
O acusado, quando foi apresentado aos órgãos de comunicação social, disse que, geralmente, as mulheres depois do ritual envolviam-se com homens endinheirados, conseguindo sempre os seus intentos: dinheiro, carro e casa.
João de Deus que disse ser curandeiro há 36 anos, confidenciou que algumas mulheres chegaram a contrair matrimónio com homens abastados.
O suposto curandeiro foi detido pela Polícia Nacional na sequência de uma denúncia apresentada por uma vítima.
João de Deus, o “Kota Jota Jota ”, nome por que ficou conhecido o seu processo judicial, é natural de Quibaxi, província do Bengo, e pai de oito filhos.
AGP