Apesar de subida da cotação, vendas de diamantes descem para 82 milhões de euro


As vendas de diamantes por Angola desceram ligeiramente em março, face a fevereiro, para quase 82 milhões de euros, influenciadas pela quebra na quantidade exportada e apesar do aumento na cotação.

A informação resulta de dados do Ministério das Finanças a que a Lusa teve hoje acesso, sobre a arrecadação de receitas com a venda de diamantes no terceiro mês de 2017, apontando que Angola vendeu 719.720 quilates, contra os 796.053 quilates exportados em fevereiro, então por 89 milhões de dólares (81,2 milhões de euros).

Em março, estas vendas desceram menos de um por cento, para 88,5 milhões de dólares (mais de 81,5 milhões de euros), mas a cotação por quilate subiu 123 dólares, contra os 111,87 dólares/quilate de fevereiro e os 113,43 dólares/quilate de janeiro.

Estas vendas representaram ainda um encaixe fiscal, em receita para o Estado através de cobrança de Imposto Industrial e pagamento de ‘royalties’ pelas empresas mineiras, no valor de 1.060 milhões de kwanzas (5,8 milhões de euros), um aumento de 20% face ao registo de fevereiro.

Os diamantes renderam a Angola 1.082 milhões de dólares (996 milhões de euros) em 2016, uma redução de 100 milhões de dólares (92 milhões de euros) comparativamente a 2015, segundo dados avançados em dezembro pelo ministro da Geologia e Minas de Angola, Francisco Queirós.

“Em 2016, o subsetor dos diamantes registou um bom desempenho no que se refere à produção industrial, tendo-se registado uma diminuição considerável no mercado artesanal motivado pela escassez de divisas no mercado cambial”, explicou o ministro.

A produção total de diamantes atingiu os 8.934.000 quilates, o correspondente a 99,21% da meta corrigida de 2016.

“Se não tivesse havido uma diminuição considerável na produção artesanal de quase 60% da produção, o volume total de diamantes este ano teria ultrapassado a meta e atingido cerca de 102% da cifra programada” disse o governante.

O ministro anunciou anteriormente a entrada em operação do maior kimberlito do mundo, o Luaxe, na província angolana da Lunda Sul e de outros projetos de média e pequena dimensão nas províncias diamantíferas das Lundas Norte e Sul, de Malanje, do Bié e do Cuando Cubango.

Lusa


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