As autoridades angolanas estão a investigar a existência no país de carne proveniente de empresas do Brasil envolvidas na adulteração de produto estragado com recurso a químicos, disse hoje à agência Lusa fonte do Estado angolano.
Depois de se tornar público o escândalo da carne estragada, o Director dos Serviços Veterinário de Luanda Edgar Dombo, afirmou que várias equipas já foram mobilizadas para terem controle total as importações de carnes estragadas do Brasil.
Edgar Dombo garante também que a sua equipa esta a aferir quais das empresas angolanas recebem produtos do Brasil e que é preciso verificar se os mesmos ‘produtos’, têm origem das seis exportadoras brasileira identificada no cambio do processo. E reconhece a grande urgência em concluir a investigação para defesa de todos os consumidores.
“São 21 empresas que têm problemas, supostamente fraude no processamento de carnes, desses 21, seis exportam para diferentes países incluindo Angola”, disse o Director dos Serviços Veterinário de Luanda.
De acordo com a Associação brasileira de Proteínas Animal, Angola está entre os 10 países importadores de carne.
A polícia brasileira descobriu na semana passada que várias das principais empresas de carne do país, com a cumplicidade de agentes públicos e gestores empresariais, “maquilharam” com produtos químicos, carnes que estavam em mau estado e não cumpriam os requisitos para exportação.
O Governo brasileiro atribuiu na passada terça-feira as irregularidades a um delito de corrupção – a certificação de produtos adulterados foi obtida através de subornos – e não a um problema de saúde pública ou falta de controlo sanitário.
União Europeia, Japão e México anunciaram, entretanto, limites ou a interdição total da importação de carne brasileira.