Os diamantes renderam a Angola este ano 1,082 mil milhões de dólares (1,035 mil milhões de euros), uma redução comparativamente aos 1,182 mil milhões de dólares (1,131 mil milhões de euros) de 2015.
Os dados avançados pelo ministro da Geologia e Minas, Francisco Queirós, quando procedia ao balanço do setor em 2016, indicam que a quebra na produção artesanal refletiu-se numa diminuição na ordem dos 8,45%, em relação à arrecadação total de receitas no ano passado.
Segundo o governante, em 2016 registou-se uma considerável diminuição na produção artesanal, de quase 60% do volume total de produção de diamantes, uma redução de 0,95% em relação a produção total de 2015.
“Em 2016, o subsetor dos diamantes registou um bom desempenho no que se refere à produção industrial, tendo-se registado uma diminuição considerável no mercado artesanal motivado pela escassez de divisas no mercado cambial”, explicou o ministro.
Para o ano que agora termina, prevê-se que a produção total de diamantes atinja 8.934.000 quilates, o correspondente a 99,21% da meta corrigida de 2016.
“Se não tivesse havido uma diminuição considerável na produção artesanal de quase 60% da produção, o volume total de diamantes este ano teria ultrapassado a meta e atingido cerca de 102% da cifra programada.
O titular da pasta da Geologia e Minas considerou que, apesar dessa ligeira descida no volume de produção e nas receitas brutas deste ano, o subsetor dos diamantes continua a evidenciar “um desempenho robusto e sustentável, oferecendo boas perspectivas de recuperação substancial nos próximos anos”.
O otimismo é garantido, segundo o ministro, com a futura entrada em operação do maior kimberlito do mundo, o Luaxe, na província angolana da Lunda Sul e de outros projetos de média e pequena dimensão nas províncias diamantíferas das Lundas Norte e Sul, de Malange, do Bié e do Cuando Cunango.
“As estimativas da Endiama apontam para um aumento substancial da produção a partir de 2020, sobretudo a contar com o kimberlito do Luaxe”, reforçou.
AR/Lusa