Produção de diamantes aumenta para quase nove milhões de quilates em 2016


O Governo angolano prevê um crescimento de 1,5 por cento da produção nacional de diamantes em 2016, para quase nove milhões de quilates, depois do recorde registado no último ano.

Endiama angola

Segundo a mais recente projeção do Ministério da Geologia e Minas, a perspetiva para 2016 passa por alcançar a produção de 8,962 milhões de quilates, entre as componentes industrial e artesanal (garimpo individual ou em cooperativas, sob licença do Estado), esta última estimando uma produção superior a 860 mil quilates.

“Dentro de cinco anos, com os novos projetos que estamos a preparar, esperamos mais do que duplicar a produção”, assumiu o ministro da Geologia e Minas, Francisco Queiroz.

Angola atingiu em 2015 um novo recorde de produção de diamantes, com 8,837 milhões de quilates, o que rendeu ao país 1,1 mil milhões de dólares (cerca de mil milhões de euros), mas refletindo uma quebra de receitas de quase 200 milhões de euros devido à quebra generalizada na cotação internacional.

Depois do petróleo, os diamantes são o principal produto de exportação de Angola, país que está entre os cinco principais produtores mundiais.

Para Francisco Queiroz, o setor mineiro angolano – ainda a extração de metais como ferro e ouro – estará em condições, no “longo prazo”, de se “equiparar ao petróleo”, em termos de receitas geradas para o país.

“E num horizonte entre cinco a dez anos, de modo sustentável, poderemos [setor mineiro] ter um impacto muito maior no Produto Interno Bruto e na arrecadação de receitas fiscais”, projetou o governante.

Segundo aquele ministério, o setor da geologia e minas conta com vários projetos em processo de financiamento e desenvolvimento mineiro, casos da prospeção e produção de nióbio (metal utilizado para produzir aço), na província da Huíla, de produção de ouro do M´Pompo, também na Huíla, e do projeto Tchiuzo, de diamantes, na Lunda Sul.

O mais estruturante dos projetos é a nova mina de diamantes do Luaxe, no interior norte de Angola, “o maior kimberlito” descoberto no país e que poderá duplicar a produção nacional, cuja produção arranca “nos primeiros meses de 2018” e que poderá garantir uma produção anual de cerca de dez milhões de quilates.

A mina de Luaxe deverá representar reservas à volta de 350 milhões de quilates e conta com uma previsão de exploração de mais de 30 anos, após um investimento estimado superior a mil milhões de euros.

O setor conta ainda com projetos para a extração de cobre nas províncias do Uíge e do Cuanza Sul.

Lusa


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