Nove anos depois, 1º de Agosto conquista africano de basquetebol


Totalmente transformada, a equipa sénior feminina do 1º de Agosto deu uma lição de basquetebol ao Interclube e seus adeptos, ao derrotar as “polícias” por 69-53, este domingo no pavilhão Multiuso do Kilamba, conquistando a taça africana de clubes, nove anos depois.

1º de Agosto1

Perante um ambiente ao estilo do basquetebol nacional, na final de uma prova continental, as comandadas de Jaime Covilhã entraram determinadas e em momento algum viram-se ameaçadas na concretização do objectivo de reconquistar o troféu há muito perdido.

Coincidentemente, a adversária desta noite é a mesma que nas últimas duas épocas impediu o título as “militares”.

Mercê de um colectivismo, encabeçado pelas experientes Leia Dongue, eleita melhor da competição, Nacissela Maurício e Isabel Francisco, a formação “agostina” superou o adversário em todos os aspectos do jogo com parciais de 17-5 e 13-11 nos primeiros dois quartos, saindo para o intervalo em vantagem por 30-16.

Certo na leitura e interpretação do jogo do adversário, o 1º de Agosto fez com as detentoras do troféu estivessem irreconhecíveis na primeira parte do desafio, confinando-as a escassos oito pontos em cerca de 15 minutos de jogo.

1º de Agosto basquetebol

Nem a teórica superioridade do basquetebol praticado pelas norte-americanas Breana Salley, Sequoia Holmes e Italee Lucas, esta última nacionalizada angolana, teve lugar ante um adversário totalmente transformado na “arena” do Kilamba, hoje com público considerável relativamente ao torneio todo em que andou às “moscas”.

A um minuto e 47 segundos do intervalo a diferença era já de 20 pontos (30-10), mas permitiram ao Inter encurtar a desvantagem com mais seis pontos. Na altura as atletas mais produtivas do d’Agosto eram Leia Dongue, com 14 pontos, e Isabel Francisco (7), enquanto Nadir Manuel, com quatro, continuava a alimentar a esperança de revalidação do Interclube.

O início do terceiro período foi intimidatório para a formação do “Rio Seco”. O Inetrclube parecia recomposto e em um minuto e 21 segundos converteu cinco pontos sem permitir a violação da sua cesta, reduzindo a desvantagem trazida do intervalo de 14 para nove pontos.

Mas as “pupilas” de Jaime Covilhã deram mostras de que os dez minutos de conversa no balneário foram bastante proveitosos e acalentadores para a prossecução do troféu e quando pensava-se no verdadeiro equilíbrio, o d’Agosto tornou-se mais persistente na defesa e eficiente nos lançamentos e com três triplos convertidos em tão pouco tempo não deu hipóteses de aproximação.

A 2:20 segundos por jogar, o placar registava convincentes 21 pontos de diferença (47-26) e a lição de bem jogar basquetebol da formação militar contagiou, de que maneira, a pequena claque organizada do Interclube, que rendida pela superioridade adversária optou por se mantiver caladinha.

A equipa “rubro-negra” demonstrou pouca intensidade e atitude na sua forma de estar em campo nas fases anteriores do torneio, mas na noite deste domingo, no derradeiro jogo, transfigurou-se com Leia Dongue, melhor cestinha (28 pontos), Maimouna Diarra (12) e Isabel Francisco (11), Nacissela Maurício (5), Ana Gonçalves (5), Rosa Gala (5) e Sónia Guadalupe (3) a destacaram-se na conquista do segundo troféu africano de clubes na história do 1º de Agosto, numa partida assistida por cerca de cinco mil espectadores.

Nos dois últimos anos o Inter ganhou o 1º de Agosto na final da mais importante competição africana a nível de clubes por escasso um ponto (61-60) e (75-74), mas hoje perdeu por 16 (69-53).

1º de Agosto


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