A produção angolana de petróleo ultrapassou em maio a média diária de 1,8 milhões de barris de crude, segundo um relatório do Ministério dos Petróleos, a que a agência Lusa teve hoje acesso.
Trata-se da meta preconizada pelo Governo para a produção média de 2015 e de acordo com o documento o país garantiu em maio 56 milhões de barris de petróleo, um aumento de 5,3 por cento face ao mês de anterior.
Contudo, a receita fiscal angolana com a exportação de petróleo caiu 55,2% no primeiro semestre do ano, face a igual período de 2014, conforme a Lusa noticiou a 20 de julho, com base nos relatórios mensais do Ministério das Finanças.
A exportação de crude no período entre janeiro e junho rendeu assim aos cofres angolanos 679.232 milhões de kwanzas (cerca de 5.000 milhões de euros).
Em causa está a crise da cotação internacional do barril de crude que se faz sentir desde o final de 2014, cuja quebra agravou as contas angolanas, o segundo maior exportador da África subsaariana.
Já nos primeiros seis meses de 2014, e apesar de uma quebra de produção, na altura, Angola tinha arrecadado 1.516,4 mil milhões de kwanzas (11.152 milhões de euros) em receitas fiscais com a exportação de petróleo, o que se traduziu, comparando com este ano, numa descida para menos de metade.
No sentido contrário, Angola exportou 318,3 milhões de barris de petróleo em seis meses, mais cerca de 30 milhões de barris face ao primeiro semestre de 2014.
O preço médio de cada barril exportado por Angola entre janeiro e junho cifrou-se em 54,92 dólares, quando há um ano era de 106,98 dólares.
O petróleo garantiu em 2014 cerca de 70% das receitas fiscais angolanas, mas este ano não deverá ultrapassar os 36,5%, de acordo com as projeções governamentais, devido à quebra na cotação do barril de crude.
AR/Lusa