Rui Vitória foi confirmado há instantes como o novo treinador do Benfica. O treinador que até aqui orientava o Vitória de Guimarães vai suceder a Jorge Jesus no comando técnico das ‘águias’.
A Sport Lisboa e Benfica – Futebol SAD confirmou esta quinta-feira a contratação de Rui Vitória, antigo treinador do Vitória de Guimarães, por trés épocas, em comunicado enviado à CMVM(Comissão do Mercado de Valores Mobiliários).
O treinador de 45 anos, que rumou ao Vitória de Guimarães em 2011/12, já treinou os juniores do Benfica e estava há muito identificado por Luís Filipe Vieira como possível sucessor de Jorge Jesus na Luz.
Vitória vai ser o 43.º treinador da equipa de futebol do Benfica. Segundo a Antena 1, a apresentação oficial deve acontecer sexta-feira. Abre-se assim uma nova era no clube da Luz, que nos últimos seis anos viveu sob a liderança de Jorge Jesus, durante a qual foram conquistados três títulos de campeão, uma Taça de Portugal, cinco Taças da Liga e uma Supertaça.
O Benfica está agora a tentar contratar quatro jogadores de topo para a próxima época. Ao que o DN apurou, em cima da mesa do presidente Luís Filipe Vieira está uma lista de nomes entre os quais Fábio Coentrão, Nani, o brasileiro Bernard e o ucraniano Konoplyanka.
O percurso do agora técnico ‘encarnado’ está intimamente ligado ao clube minhoto, onde venceu a única Taça de Portugal da sua história, em 2013, numa final frente ao Benfica (2-1), e potenciou vários jovens da sua formação e de escalões secundários do futebol português.
Trata-se de um regresso ao clube da Luz, já que Rui Vitória treinou os juniores do Benfica (2004/05 e 2005/06), tendo perdido um título de campeão da categoria no último jogo para o Sporting de Paulo Bento.
Natural de Alverca do Ribatejo, Rui Carlos Pinho da Vitória, de 45 anos, iniciou a carreira de treinador no Vilafranquense, na época seguinte a ter terminado a de jogador, que andou sempre longe da ribalta e dos palcos principais, no Alcochetense.
Depois da equipa de Vila Franca de Xira, o técnico teve a referida experiência na formação ‘encarnada’, tendo rumado depois para o Fátima, clube que comandou durante quatro temporadas e onde se destaca a eliminação do FC Porto da Taça da Liga, em 2007/08, no desempate por grandes penalidades.
De Fátima saltou para a I Liga de futebol pela ‘mão’ do Paços de Ferreira, em 2010/11, tendo alcançado um honroso sétimo lugar, a apenas um ponto da ‘Europa’, logo na sua estreia.
Ainda começou a época seguinte no Paços, mas seria contratado pelo Vitória de Guimarães pouco depois.
Foi apresentado a 30 de agosto de 2011, no meio de uma grande crise financeira e desportiva: o Vitória era último classificado, tinha sido eliminado da Liga Europa e perdido a Supertaça Cândido de Oliveira para o FC Porto.
No primeiro treino, depois de ter sido apresentado à comunicação social, viu os adeptos vitorianos invadir o relvado e confrontarem-se com alguns jogadores, mas logo no primeiro encontro, em jogo atrasado da segunda jornada, venceu na Madeira o Nacional (4-1), tendo encetado uma recuperação que o levou ao sexto posto do campeonato.
Fruto das limitações financeiras dos vimaranenses, Rui Vitória teve que refazer equipas em todas as temporadas, nem sempre com os melhores resultados.
O 10.º lugar da época passada levantou dúvidas nos adeptos vitorianos, mas o quinto da que agora findou, com uma grande primeira volta, a melhor da história do Vitória, voltou a colocar o técnico debaixo dos holofotes.
Tranquilo e cauteloso no discurso, Rui Vitória tem uma figura empática, gosta de frisar a importância da restante equipa técnica e costuma afirmar que o Vitória de Guimarães o preparou para tudo.
Com o seu companheiro de sempre, Arnaldo Teixeira, que o acompanhará como adjunto no Benfica, resta saber se, com um contexto e pressão completamente diferentes, o seu ‘low profile’ consegue frutificar como em Guimarães.
AR/DN