Antiga primeira-dama da Costa do Marfim é condenada a 20 anos de prisão


A antiga primeira-dama da Costa do Marfim foi condenada a 20 anos de prisão. A justiça deu como provado o envolvimento de Simone Gbagbo na insurreição pós-eleitoral de 2010-2011 que provocou mais de 3 mil mortos, informou nesta terça-feira (10) a imprensa local..

ex primeira dama

A pena de 20 anos de prisão – o dobro do que pedia o Ministério Público para a mulher do antigo chefe de Estado da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, é criticada pela defesa que já anunciou que vai recorrer da decisão.

“Eu me envergonho da Justiça marfinense”, lamentou perante a imprensa Rodrigue Dadjé, um dos advogados de Gbagbo, logo após saber da sentença, denunciando que se tratou de “uma decisão puramente política” contra a ex-primeira-dama.

Simone Gbagbo também conhecida como a “dama de ferro” foi julgada juntamente com mais 82 pessoas próximas do antigo presidente – no poder entre 2000 e 2011 – acusadas de atentar contra a segurança do Estado.

A antiga primeira-dama da Costa do Marfim é procurada pelo Tribunal Penal Internacional por crimes contra a Humanidade.

O tribunal marfinense, que emitiu o veredicto por unanimidade, considerou Gbagbo culpada de “atentar contra a segurança do Estado, participar de um movimento de insurreição e perturbar a ordem pública”, segundo anunciou o juiz Tahirou Demeblé após nove horas de deliberação.

Por sua parte, o presidente do então partido governante Frente Popular Marfinense (FPI, em francês), Pascal Affi N’Guessan, foi condenado a 18 meses de prisão, enquanto o filho do ex-presidente Laurent Gbagbo, Michel, foi condenado a cinco anos.

A violência pós-eleitoral de 2010 e 2011 deixou 3.000 mortos e centenas de milhares de deslocados depois que Laurent Gbagbo se negou a aceitar a vitória do principal candidato da oposição e atual presidente, Alassane Ouattara, que contava com o apoio da comunidade internacional.

A Justifica marfinense decidiu julgar Simone Gbagbo e outros 80 funcionários do regime de Laurent Gbagbo por atentado contra a segurança do Estado, tentativa de golpe de Estado, rebelião, tribalismo e xenofobia, entre outros crimes.

O ex-presidente Gbagbo permanece preso desde 2012 em Haia à espera de ser julgado por ‘crimes contra a humanidade’ pela Tribunal Penal Internacional (TPI).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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