Brigas interrompem concerto de Anselmo Ralph em Lisboa


Desacatos entre o público levaram a interrupção, antes do final, do concerto do músico angolano Anselmo Ralph, na noite deste domingo, no encerramento das Festas do Mar, em Cascais (Lisboa).

Anselmo Ralph coliseu 2 dia5

Os confrontos resultaram em ferimentos ligeiros de pelo menos seis jovens, que se registaram de  escaramuças com a polícia, numa altura em que Anselmo Ralph cantava a última música do espectáculo.

Segundo fonte do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Lisboa, “não há registo de agressões” e “não houve qualquer esfaqueamento”, ao contrário do veiculado por alguns órgãos de comunicação social.

O que houve, referiu a fonte, foram “várias ocorrências de doença súbita, uma situação de queda e uma pessoa que, empurrada contra uma grade, teve um princípio de esmagamento, na sequência da confusão gerada no local”.

O cantor angolano viu-se forçado a apelar pela intervenção da polícia, o que levou a detenção de alguns jovens, depois de perseguidos no meio de uma multidão de mais de 50 mil pessoas.

“Vi um tumulto de jovens, ali no meio da confusão, a brigar. E havia muitas crianças ali no meio”, disse Anselmo Ralph, referindo que “não podemos festejar quando há gente ferida”.

“É uma tristeza que este festival tenha terminado assim. Não é para isso que cá viemos”, lamentou Anselmo Ralph.

O presidente da Câmara Municipal de Cascais disse que os incidentes que marcaram o concerto de Anselmo Ralph foram “uma situação pontual”, originada por uma rixa entre dois indivíduos.

“Foi uma situação pontual ao fim de dez dias de muita animação e alegria”, explicou o presidente da autarquia, em declarações aos jornalistas após os incidentes que marcaram o encerramento das Festas do Mar.

“Gostaria de agradecer ao Anselmo [Ralph] a postura que teve em palco e que foi determinante para que a situação não atingisse outras proporções”, afirmou Carlos Carreiras, aludindo ao facto de ter sido o próprio cantor a pedir a interrupção do concerto ao aperceber-se de distúrbios entre a assistência.

Contudo, a polícia portuguesa no local foi  criticada por vários jovens, devido ao alegado uso desproporcional de forças e comportamento racista contra jovens africanos.

A falta de condições do local, foi também outro aspecto negativo realçado, embora o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, tenha discordado com esta possibilidade.

Em mais uma digressão por Portugal, Anselmo Ralph actuou já, entre outras, nas cidades da Guarda, Póvoa de Varzim e Funchal (Ilha da Madeira).


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