O ex-goleiro do Santos Edson Cholbi do Nascimento, o Edinho, filho de Pelé, foi solto na tarde da útlima terça-feira (15), em Santos, cidade de São Paulo. Beneficiado no sábado por liminar de habeas corpus, o ex-goleiro estava preso desde terça-feira passada, após ser condenado a 33 anos de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro, proveniente do tráfico de drogas, segundo noticiou o jornal O Globo.
Edinho estava detido na cadeia anexa do 5º Distrito Policial de Santos e chegou a ser transferido para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de São Vicente, mas retornou à carceragem da delegacia.
A soltura de Edinho não aconteceu prontamente porque, segundo a Justiça, o filho de Pelé teria de ser monitorado 24 horas por uma tornozeleira eletrônica, equipamento ao qual a Polícia Civil local não tem acesso.
“No sábado, eu impetrei habeas corpus e o juiz de plantão revogou a prisão impondo uma série de medidas, entre elas o monitoramento eletrônico. Na noite desta segunda-feira, essa medida foi dispensada pela ausência da pulseira eletrônica comunicada à Justiça por autoridade policial” – disse o advogado de Edinho, Eugênio Malavasi.
O ex-goleiro do Santos foi julgado na 1ª Vara Criminal da Praia Grande, litoral Sul de São Paulo. Como foi condenado, a Justiça determinou que Edinho entregasse seu passaporte, com o objetivo de evitar a fuga. Como isso não aconteceu, o ex-goleiro acabou preso.
“Ele não entregou o passaporte, e alegou que perdeu o documento. Diante do risco de fuga, foi pedida a prisão preventiva” – afirmou o delegado Marcelo Gonçalves da Silva, responsável pela prisão do ex-jogador.
A ação que condenou Edinho também aplicou pena a Maurício Louzada Ghelardi, mais conhecido como Soldado, e a Nicolau Aun Júnio, o Véio, por lavagem de dinheiro. Além dos três, Clóvis Ribeiro, o Nai, e Ronaldo Duarte Barsotti, o Naldinho, também foram condenados. O primeiro teve a sua prisão preventiva decretada no decorrer do processo e o segundo está foragido, sem paradeiro conhecido há mais de cinco anos.
O grupo foi descoberto em 2005, a partir dos trabalhos do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc). De acordo com as investigações, Naldinho era o líder da organização, que tinha ligações com o Comando Vermelho, do Rio de Janeiro. Por conta das investigações, Edinho foi preso por três vezes. A primeira em junho de 2005, sendo liberado poucos dias depois. E por outras duas vezes no ano seguinte.
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