A mostra de cinema Olhares Sobre Angola regressa de 2 a 3 de julho à Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema para a sua terceira edição. Depois do sucesso da última edição, com várias sessões esgotadas, Olhares Sobre Angola volta a um dos mais nobres espaços de exibição cinematográfica lisboetas, com uma programação integralmente dedicada ao cinema produzido em Angola, permitindo ao público português conhecer os novos autores deste país e aproximar-se desta cultura em atual efervescência.
A terceira edição de Olhares Sobre Angola tem como parceiros institucionais o Ministério da Cultura do Governo de Angola e a Embaixada da República de Angola em Portugal, é patrocinada pelo Banco BIC Portugal, RCR Fundação Cultural e BPO Advogados; conta ainda com os apoios da Cerveja CUCA e tem como media partner o portal Welcome To Angola. A mostra de cinema Olhares Sobre Angola é uma produção da Associação Cultural Il Sorpasso e Mukixe Produções, em parceria com a Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema.
Na quarta-feira, 2 de julho, às 19H, na sala Dr. Felix Ribeiro é exibido Angola, Ano Zero e conta com a presença do realizador Ever Miranda Palacio. Um documentário que nos convida a entrar nesta nova realidade angolana através de um diálogo entre emigrantes, após 30 anos de guerra civil: o realizador – um jovem cubano que deixou o seu país para se estabelecer em Angola, na esperança de melhorar a sua situação económica – e esses jovens angolanos “retornados” determinados a contribuir para a redefinição de um novo projeto cultural e económico para o país.
Às 20H, na esplanada 39 Degraus da Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, decorre a apresentação e lançamento do DVD “Mariano Bartolomeu – Curtas-Metragens 1989 – 2008”, com a presença do realizador. Este DVD reúne a maioria das curtas-metragens de Mariano Bartolomeu. Trata-se de uma obra de extrema importância para o cinema angolano. Há cópias existentes dos seus filmes em vários arquivos internacionais que ainda não foram recuperadas e restauradas.
Às 20h30 é servido um cocktail de boas-vindas a todos os presentes.
Hereros Angola de Sérgio Guerra é exibido na sessão de abertura de Olhares Sobre Angola, às 21h30, na Sala Dr. Félix Ribeiro. Hereros Angola é um documentário sobre o grupo étnico com o mesmo nome, habitantes das terras do sudoeste de Angola, povo Bantu. Os Herero são donos de uma tradição ancestral que é passada oralmente de pais para filhos. Este filme mostra o conhecimento vivo destes povos.
Na quinta-feira, 3 de julho, às 15H30, Aprender a Ler Pra Ensinar Meus Camaradas do realizador João Marques Guerra é exibido na sala Dr. Félix Ribeiro. Este documentário musical acompanha a jornada de dois músicos angolanos, Wyza Kendy e Dodó Miranda, que viajam até a Bahia-Brasil em busca de traços de uma ancestralidade perdida e retrata uma herança angolana fora de Angola e reencontrada através da música.
Às 19H, também na sala Dr. Félix Ribeiro, tem lugar a sessão Fragmentos com uma seleção dos melhores videoclips e vídeos experimentais realizados na última temporada em Angola. De Nástio Mosquito, a Jorge De Palma, passando pela dupla Lindomar e Olimpio de Sousa e contemplando, ainda, a cinematografia de Paulo Azevedo e do artista plástico, Binelde Hyrcan.
Às 19h30, Olhares Sobre Angola inaugura uma nova secção “Olhares Sobre…”, que pretende colocar em foco a obra de profissionais do cinema angolano. Na terceira edição, a mostra de cinema coloca os “Olhares Sobre… Mariano Bartolomeu” e traz à sala Luís de Pina uma seleção das curtas-metragens, acompanhadas pela presença do realizador: Caribeando (1989), Un Lugar Limpio y Bien Iluminado (1991), Quem Faz Correr Quim? (1991), O Sol Ainda Brilha (1995), O Contador de Histórias (2003) e Uma Noite para Falar de Amor (2008).
A última sessão de Olhares Sobre Angola decorre às 22h, na sala Luís de Pina com Death Metal Angola de Jeremy Xido, um filme que segue o sonho de Wilker e Sonia – organizar o primeiro concerto de rock nacional, juntando membros da cena musical hardcore angolana de várias províncias. A narrativa avança, aos solavancos, no cenário bombardeado e minado do outrora imponente Huambo.
Na sala 6X2 e de entrada gratuita, durante os dias 2 e 3 de julho, são apresentados em sessão contínua e projetada em DVD, das 13h30 às 21h30, os filmes em depósito no ANIM – Arquivo Nacional das Imagens em Movimento – Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema: Eu Sou, Eu Era, Eu Quero Ser Pioneiro Político de Henrique Ruivo Alves (Ritz); Rebita de realização coletiva coordenada por Manuel Costa e Silva; Kizomba, Velha Guarda, um filme que fazia parte do projeto Ngoma (jornais culturais), uma realização coletiva que contou com a participação de Leonel Efe e de Alberto Sebastião, entre outros; Ngudi a Khama Cokwes de Manuel Mariano e Alberto Sebastião e Os Meus Irmão Cokwes de Manuel Mariano.
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