A coordenação delegada para acompanhar os 518 jovens angolanos à Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, em Portugal, mostrou-se preocupada com a possibilidade de os seleccionados para o referido evento verem oportunidade de “fuga” e não regressarem ao país.
Pela situação económica que o país enfrenta actualmente, há muitos cidadãos a saírem de Angola e que têm Portugal como alvo de emigragração. Entretanto, o bispo angolano, Belmiro Chissengueti, mostrou-se optimista e acredita que os 518 peregrinos que vão para Lisboa deverão regressar, após cumprirem as suas actividades naquele país.
“Quanto à possibilidade de muitos jovens fugirem, bem, é uma eventualidade, nós fizemos a nossa parte, consciencializamos, organizamos os vistos partindo do princípio de que todos agiram de boa-fé”, disse o coordenador da caravana angolana a JMJ 2023.
Durante colectiva de imprensa realizada na última sexta-feira, a coordenação referiu que o risco de fuga já havia desaparecido quando Angola tinha estabilidade económica, mas nos últimos tempos volta a ser evidente.
“Mas, (a fuga) é de facto um risco presente em todas estas ocasiões. E, nos últimos tempos, cada um de nós sente a cada semana um amigo a se despedir, e, portanto, é uma eventualidade, mas se alguém ficar não é porque a organização tenha indicado este caminho””, admitiu.
Refira-se que, pelo menos 1.518 jovens angolanos, residentes em Angola e na diáspora, estão oficialmente inscritos para a JMJ Lisboa 2023, sendo que de Angola devem seguir para Portugal 518 participantes.
A delegação oficial do Governo angolano à JMJ Lisboa 2023 será chefiada pelo secretário de Estado da Juventude de Angola. A JMJ Lisboa 2023 realiza-se entre 1 e 6 de Agosto, com as principais iniciativas a decorrerem em Lisboa, no Parque Eduardo VII, na zona de Belém e no Parque Tejo (a norte do Parque das Nações e em terrenos dos conselhos de Lisboa e Loures).
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