O actor e humorista Luís Kifas, conhecido pelo seu personagem “Sidónio”, debruçou-se nesta segunda-feira, 12 de setembro, durante entrevista concedida ao programa “Diálogo Cultural” sobre o seu percurso no mundo das artes, e aproveitou a ocasião para falar sobre a baixa audiência e o fim do programa ‘Conversas no Quintal’.
Luís Kifas começou por recordar a sua passagem em grupos teatrais como Horizonte Njinga Mbandi e Julu, falou a respeito da baixa audiência na última temporada da série ‘Conversas no Quintal’, na qual trabalhou ao lado da esposa, Josefina Santos (Lembinha).
“As pessoas estão habituadas a determinados personagens e de repente alteram o figurino e são introduzidos outros personagens, não serei eu a criticar ou deixar de criticar acho que o público tem uma outra visão. Tivemos algumas reuniões e a televisão também estava preocupada com o índice de audiência, porque houve uma altura que estava a baixar, fizemos algumas reuniões para analisar o que é que de facto estava a acontecer. Habituamos o público durante muito tempo creio que 14 ou 15 anos, com personagens que mexeram com a população, então as vezes as substituições não vão de acordo com o que o público espera. Eu acho que a reação do público é uma reação normal, o público quer cada vez mais e a nossa missão é agradá-los, satisfazer as suas vontades” disse.
O eterno Sidónio, falou ainda sobre a falta que o ‘Conversas no Quintal’ faz para o público e reiterou ter deixado um vazio para a grelha da Televisão Pública de Angola.
“Conversamos sobre isso e fomos gravando na medida do possível até que chega altura que o projecto termina. Encarei como algo normal, a televisão é livre, contratou-nos para em determinado período fazermos as nossas representações, chegou altura em que nos disseram que por enquanto vamos parar por aqui e encara-se com normalidade, porque você não tem outra saída, a televisão é que manda. Mas dizer que criaram um grande vazio na grelha da televisão, hoje a televisão não tem um programa de entretenimento e as pessoas em função deste vazio que existe na grelha, vão pedindo o regresso do programa”, destacou.
Com 35 anos de carreira, o artista é detentor de várias distinções no ramo do teatro, já se distinguiu também em programas de rádio e televisão, sendo um dos actores mais mediáticos do seriado “Conversas no Quintal”, da Televisão Pública de Angola.
Responsável pela área cultural da Direcção Nacional dos Serviços Prisionais no Cuanza Norte, formou-se em psicologia criminal, na Faculdade de Letras e Ciências Sociais, da Universidade Agostinho Neto, participou em diversos cursos e acções culturais no país e no estrangeiro.
Realmente faz muita falta o conversa no quintal.um dos programas televiso que dava ver com a família. Não tinha palavrões era diferente. Este problema em Angola que lidera faz do jeito dele. Meu kota hoje já tem redes sócias YouTube criam projecto como tal.