Aparentemente o Facebook não trouxe sorte para o WhatsApp. Poucos dias depois de ter sido comprado por US$ 19 bilhões, o serviço de mensagens enfrenta problemas técnicos.
O aplicativo começou a apresentar problemas no inicio da noite deste sábado (22), não sendo possível enviar ou receber mensagens. Na sexta-feira à noite o aplicativo já tinha apresentado problemas também.
A empresa confirmou no Twitter que está enfrentando problemas técnicos e está trabalhando para resolver. Mas ainda não há uma previsão para a volta dos serviços.
O problema, que afectou pelo menos, utilizadores em Angola, Rússia, Portugal, Espanha, Alemanha, Reino Unido e Canadá, foi resolvido por volta das 23h (hora de Angola ).
O WhatsApp – que foi criado em 2009 por Brian Acton e Jan Koum, antigos quadros do Yahoo (ambos estavam desempregados e ambos foram rejeitados quando se candidataram a um emprego no Facebook) – ainda não deu nenhuma explicação oficial sobre a causa destes problemas. Mas fontes não identitificadas da empresa disseram ao El País que a compra da aplicação pelo Facebook aumentou o fluxo de utilizados nos EUA, onde o WhatsApp era menos conhecido.
A notoriedade deste crash do WhatsApp está obviamente relacionado com a compra da aplicação pelo Facebook, há três dias.
A aplicação começou por servir para os utilizadores de iPhone definirem um estado, que seria visível para todas as pessoas da lista de contactos, indicando, por exemplo, que estavam numa reunião ou com pouca bateria. Foram os próprios utilizadores que começaram a usar esta funcionalidade como um serviço de troca de mensagens. O WhatsApp decidiu mudar o seu próprio conceito e ir atrás do que as pessoas estavam a fazer. A popularidade disparou.
Actualmente, a aplicação está disponível para iPhone e para telemóveis Android. O primeiro ano de utilização é gratuito. A partir daí, custa um dólar por ano (mas os utilizadores mais antigos podem usar o WhatsApp sem qualquer pagamento).
Os criadores decidiram apostar num modelo de cobrança e afastaram-se da publicidade, que consideram prejudicial para utilizadores e empresas. “Nestes dias, as empresas sabem literalmente tudo sobre nós, os nossos amigos, os nossos interesses e usam tudo isso para vender anúncios”, escreveu Koum no blogue do WhatsApp, em meados de 2012. A afirmação não podia ser mais contrária à estratégia do Facebook, cuja maioria das receitas vêm de anúncios apresentados com base no manancial de informação que a rede tem sobre cada pessoa.
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