Daniel Nascimento reflete sobre perda de valores e amor ao próximo após falsa notícia da morte de Yannick


O apresentador e músico Daniel Nascimento mostrou-se consternado com a capacidade de alguns internautas, que tem partilhado falsas informações de morte de vários artistas angolanos. Após ter circulado nas redes sociais que o cantor Yannick tivera morrido e o referido ter surgido em um vídeo desmentindo, Daniel fez uma “viagem” aos valores e ressaltou a importância do amor ao próximo.

Daniel Nascimento destacou que a maldade e a negatividade de muitos nos últimos tempos é bastante assustadora, onde palavras como respeito, amor e construção, desapareceram dos corações.

“Chegamos a um nível inimaginável de maldade e negatividade, que é cada vez mais assustador. Edificar, aplaudir, abraçar, amar, construir, empatia, respeito… palavras que, sem percebermos, estão a desaparecer do lugar mais importante que o diccionário: do coração. Passamos a vida a reclamar por mudanças, mas não mudamos no essencial, no nosso propósito. É por isso que o resto também não muda”, realçou.

O apresentador reforçou ainda que maturidade não é trocar de casa ou carro, num mundo em que tudo se tornou normal e a popularidade nas redes sociais passou a ter mais relevância que a demonstração do respeito e do afecto que sente-se por outrem.

“Mudar significa abraçar a maturidade de forma construtiva, não apenas trocar de casa ou de carro. Tudo ficou normalizado duma forma perigosa, porque: ter “likes” na foto de aniversário é mais importante que receber uma chamada a dar os parabéns (a pessoa não tem tempo de atender porque nesse dia está a medir a “popularidade” no insta ou no whatsapp), seguir nas redes sociais passou a ser o barómetro do sentimento que se nutre por alguém, a amizade passou a ser um simples acessório de conveniência porque a memória incomoda o ego, ofensas e ataques são mascarados de “opinião”, o contexto das coisas passou a ser o de coisas sem contexto, cada vez é mais importante parecer que ser”, lê-se na publicação.

De modo geral Daniel apontou que diante de tais perdas de valores hoje “É normal criar qualquer tipo de notícia, como esta que envolveu (desta vez) o Yannick Afroman. Quem o fez, fê-lo de consciência tranquila, porque sabe que nada lhe irá acontecer. Sabe que muitos dos supostos “agentes do bem”, são os mesmos que partilham rapidamente a má notícia, mas que depois têm “preguiça” de repôr a verdade”.


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