A Liga Angolana Contra o Cancro realizou neste sábado 30 de Outubro, uma sessão de Zumba Solidária na Baía de Luanda, numa parceria com a Zap, onde marcaram presença “guerreiras do cancro” e nomes conhecidos da zumba em Angola como Tássio José, vencedor do concurso BAI Dança com Ritmo, Anabela de Fátima, Eliete Barber, Lu Fernandes e Will, num ambiente bastante descontraído em que cada participante levou um donativo.
A actividade está inserida no leque dos programas para o “Outubro Rosa” pela associação, numa forma de alertar a sociedade sobre os perigos do sedentarismo, um dos factores que pode levar ao desenvolvimento de cancro, e também uma forma de interagir com as mulheres que lutam todos os dias com a doença.
A Liga levou a cabo durante o mês de Outubro dedicado a luta contra o cancro da mama, uma série de actividades desde palestras de sensibilização, rastreios nos mercados, exposição de arte dedicada as “guerreiras” na luta contra a doença, actividades recriativas, entrevistas em programas de televisão e rádio, alertando as pessoas sobre a doença e importância de ter um diagnóstico precoce, o que aumenta as chances de se vencer a mesma.
Luzimira João, presidente da associação, enfatizou que o objectivo principal é o apoio psicosocial dos pacientes oncológicos e a sua reintegração na sociedade.
“Algumas mulheres no processo de luta contra a doença, acabam por perder o emprego, então o nosso apoio é de formas a aumentar a moral delas com actividades que as façam sentir integradas”.
A Liga Angolana Contra o Cancro tem feito acompanhamento de forma a ajudar as pessoas com maior dificuldade, pois no país existe apenas um único hospital público que trata de doenças do fórum oncologico, o Centro nacional de Oncologia, onde os exames são difíceis de fazer o que leva muitos a recorrem a liga para prestar apoio.
A presidente da Liga também enfatizou a importância da informação e da sensibilização contínua para as pessoas de modo a se ter um diagnóstico precoce e a discriminação que ainda é muito patente.
“Infelizmente ainda é muito patente a discriminação contra as pessoas que convivem com a doença, motivada da falta de informação, as pessoas acabam por discriminar de forma involuntária porque não bem noção da doença, mas a partir do momento que se informam um pouco mais sobre o assunto acabam por ser mais solidárias”, disse Luzimira João.
A activista da luta contra o cancro também deixou um apelo a sociedade e as mulheres que lutam contra a doença frisando que é necessário ser forte e não desistir, independente do diagnóstico.
“Peço as pessoas que abracem a causa e para as mulheres dizer que a vida não termina com um diagnóstico, não precisam ter vergonha nem desistir, porque o prognóstico pode ser bom independente do diagnóstico, ter força, lutar até ao fim porque é possível sim vencer o cancro”, concluiu.
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