Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), em 1975 existiam milhares de palancas-negras gigantes. No entanto, hoje em dia já só restam menos de 100 e o animal é referido como estando “criticamente em perigo” na Lista Vermelha de espécies ameaçadas da IUCN, apenas uma posição antes de ser considerado “extinto na natureza”.
O facto de uma empresa de mineração ter sido aprovada a operar dentro de uma reserva protegida – onde a actividade económica é proibida por lei -, mas também o facto de ser o lar natural de uma espécie rara e importante, provocou protestos, informa o site da Open Society Initiatve for Southern Africa.
Após alguma deliberação entre o Ministério do Ambiente, o Ministério da Geologia e Minas, e a Endiama – a empresa estatal de diamantes que tem uma participação no capital no projecto –, foi anunciado em Outubro de 2013 que a concessão seria deslocada para fora da Reserva do Luando (situado na província de Malanje). As perguntas permanecem, no entanto, sobre como o empreendimento poderá ter sido aprovado.
“Qualquer projecto realizado em Angola, seja de construção ou de mineração, tem de submeter um estudo de impacto ambiental ao Ministério e só se tal estudo for certificado é que a empresa em questão poderá receber uma licença”, afirmou um porta-voz do Ministério do Ambiente, que preferiu não revelar a sua identidade.
A mesma pessoa admitiu que não sabe como tal projecto, desenvolvido por um consórcio de empresas angolanas em parceria com a Endiama, poderá ter sido aprovado, visto que a sua documentação demonstrava claramente que iria operar dentro de uma área restrita.
“O importante é que nada aconteceu dentro da reserva de Luando. Nada foi para a frente e o ministério reiterou todo o apoio à preservação da palanca negra”, concluiu.
Por: Greensavers Angola
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