Começou nesta segunda-feira (18 de Janeiro) a ser julgado, na 1ª secção dos Crimes Comuns do Tribunal Provincial de Luanda, o caso da antiga funcionária da Rádio Nacional de Angola (RNA), Alice Nádia Marcelino, de 36 anos, mais conhecida por “Licinha”, que foi assassinada com um tiro na cabeça, no quintal de sua casa, no bairro Nelito Soares, distrito Urbano do Rangel.
Os supostos assassinos identificados por Alison Domingos, “Milixe”, de 20 anos, Evandro António Justo “MT” e António de Almeida Godó “Da Lua”, de 22 anos, estão a ser acusados de crimes de roubo qualificado, associação de malfeitores, homicídio voluntario e posse ilegal de arma.
Segundo o Ministério Público, o grupo de quatro marginais entrou no quintal da residência de Alice, na madrugada do dia 28 de Abril do ano passado, com o intenção de furtar a placa eletrônica da sua viatura de marca “KIA Rio” que encontrava-se estacionado, tendo um dos meliantes partido o vidro do carro lateral esquerdo do condutor para facilitar a abertura da porta e desmontarem o objecto em questão.
No entanto, o barulho provocado no acto de quebrar o vibro, despertou a dona da casa que de imediato se dirigiu a janela do quarto que dá acesso ao quintal para ver o que se passava. Ao notar a presença de estranhos em sua residência, Alice bateu fortemente com as mãos na janela e gritou, numa tentativa de faze-los fugir, mais foi surpreendida por um dos meliantes com um disparo de arma de fogo do tipo AKM de cano cortado, que perfurou o seu crânio.
Postos em fuga, a malograda que deixou uma órfã de dois anos, foi socorrida pelos vizinhos que a levaram ao Hospital Américo Boa vida, onde chegou já sem vida.
Até ao momento, no julgamento já foram ouvidos depoimento de três réus, e dia 25 do mês em curso será a audição dos declarantes.
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