A administração da Vida TV afirmou hoje que convidou Tchizé dos Santos a afastar-se do projeto, na sequência de “reiteradas declarações públicas” que implicam “prejuízo e risco reputacional” para o canal.
Num comunicado enviado à Agência Lusa, a administração da Vida TV “reitera que é a única entidade mandatada para proferir declarações em nome do projeto”, sublinhando que respeita “as leis vigentes nos mercados em que está inserida” e está alheia a interesses pessoais”.
A posição da Vida TV surge depois de Welwitschia dos Santos (Tchizé), filha do ex-presidente José Eduardo dos Santos e detentora de uma participação de 25% no canal, se ter queixado de estar a ser alvo de pressões para vender as suas participações em empresas angolanas e tentativas de silenciamento.
“Como resultado de reiteradas declarações públicas que associam interesses pessoais alheios ao posicionamento corporativo do projeto, é entendimento que existe um prejuízo e um risco reputacional na exploração comercial do mesmo, contrários aos propósitos iniciais do investimento, o que conferiu legitimidade aos restantes sócios para, em sede própria convidarem o referido investidor a afastar-se do projeto”, reagiu a administração do canal.
Segundo Tchizé dos Santos, os sócios da Vida TV [canal de televisão], terão dito “que estão a ser ameaçados” e que “os anunciantes estão a ser ameaçados para não fazerem publicidade” e que estaria a ser aconselhada a passar as ações “para outras pessoas”.
Em janeiro do ano passado, Tchizé dos Santos anunciou, em entrevista à Agência Lusa, que iria lançar um canal de televisão com distribuição para Angola e Moçambique, a futura Vida TV.
Em 2017, João Lourenço retirou a gestão do canal 2 e do canal internacional da Televisão Pública de Angola (TPA) às empresas de que Tchizé é acionista, juntamente com o irmão, José Paulino dos Santos ‘Coreon Dú’.
Lusa
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