Foi desmantelada no Brasil na passada quinta-feira, 24, uma rede de tráfico internacional de mulheres, que traficava brasileiras para se prostituírem em Angola, onde eram oferecidas a clientes de alto poder económico, revelou o novo jornal.
Segundo o novo jornal, a Polícia Federal brasileira desarticulou ontem uma rede de tráfico internacional de mulheres que levava brasileiras para Angola, onde eram oferecidas a clientes de alto poder económico.
A operação, baptizada de “Garina” (menina, na gíria angolana), levou à prisão de cinco pessoas envolvidas no processo e à execução de outros onze mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, São Bernardo do Campo, Cotia e Guarulhos, todas no estado de São Paulo, na região sudeste do Brasil.
Dois estrangeiros, cujas nacionalidades não foram divulgadas, e que se encontram fora do Brasil, também tiveram a sua prisão decretada pela Justiça Federal brasileira e os seus nomes foram incluídos na lista mundial de procurados da Interpol.
As mulheres eram aliciadas em casas nocturnas de São Paulo pelos membros da rede, que ofereciam 10 mil dólares (7.290 euros) para que elas se prostituíssem por uma semana em Angola.
Ainda segundo a assessoria da Polícia Federal brasileira, as investigações encontraram provas de que brasileiras “do meio artístico” receberam até 100 mil dólares (72,9 mil euros) para se relacionar sexualmente com um rico empresário e ex-parlamentar de Angola.
“Há fortes indícios de que parte das vítimas foi privada temporariamente de sua liberdade no exterior e obrigada a manter relações sexuais sem preservativos com clientes estrangeiros”, diz o comunicado da Polícia brasileira, acrescentando que as vítimas recebiam, nesses casos, um falso tratamento de medicamentos anti-sida.
A investigação acredita que os criminosos movimentaram cerca de 45 milhões de dólares (14,7 milhões de euros) com o tráfico internacional destas mulheres, nos últimos seis anos.
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