Serra Leoa despacha o último paciente com Ebola


Serra Leoa deu alta ao seu último paciente com Ebola, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.


Adama Sankoh, de 35 anos de idade foi despachado a partir de um centro de tratamento na zona ao norte de Bombali na segunda-feira de manhã.

O país não tem relatado nenhum paciente com a infecção por mais de duas semanas, de acordo com o Centro Nacional de Resposta ao Ebola (NERC).No entanto, um pequeno número de casos ainda estão sendo relatados no país vizinho, Guiné.
15 meses após a declaração do surto em Serra Leoa, cerca de 4.000 pessoas morreram de Ebola no país desde então.

O Presidente do país, Ernest Bai Koroma, participou das celebrações na clínica dirigida pela International Medical Corps.Vanessa Wolfman, directora da unidade médica, disse: “Hoje é um dia de esperança que as pessoas esperaram, este é o começo do fim que lutamos por tanto tempo…”. Mas as celebrações foram feitas com cautela, pois no país ainda tem 28 pessoas em quarentena. Eles irão continuar a ser monitorizados até ao final da semana, no caso de desenvolverem sintomas.

OB Sisay, director da sala de situação da NERC, disse: “Poderíamos ter escondido casos, por isso temos de continuar a ser vigilantes, continuar a nossa vigilância, manter a nossa disciplina quanto a lavagem das mãos e evitar a superlotação. ”

Não será declarado encerramento do surto até 42 dias após o último paciente com Ebola morrer ou ser despachado. O limite de 42 é devido o período de incubação do vírus.Enquanto não houver novos casos em Serra Leoa nos últimos 17 dias, de acordo com o NERC, o país vizinho da Guiné informou três novos casos de infecção na semana de19 de Agosto.

Sr. Sisay disse: “Estamos muito preocupados [quanto à Guiné] Estamos esperando fervorosamente que nossos irmãos lá irão fazer o mesmo progresso que temos… Problema da Guiné é nosso problema também.”

Ainda não acabou

Centenas de milhões de dólares têm sido desembolsadas para lidar com o surto da Ebola. No auge da epidemia, dezenas de centros foram abertos em Serra Leoa, onde os pacientes com Ebola eram isolados e tratados. Agora, existem 10.

O Ministério da Saúde do país está em processo de decidir como muitos centros de tratamento que permaneceram abertos após a epidemia irão operar. O sistema de saúde já fraco foi reduzido pela epidemia. Mas Vanessa Wolfman do International Medical Corps disse que não tinha planos imediatos para fechar a instalação financiada pela Inglaterra, incluindo um laboratório de diagnóstico.

Os sintomas de malária, uma doença que é muito comum na Serra Leoa, são semelhantes aos da Ebola, por isso os médicos ainda estão vendo casos suspeitos. Dr Wolfman disse: “Como podemos ver ainda temos lugares seguros para as pessoas doentes serem referidas.”

“Podemos levar as pessoas á estes centros, e isolá-los de outros membros da comunidade para fazerem um teste rápido e levá-los de volta para casa o mais rápido possível”, acrescentou.
A NERC disse que continuará com a vigilância reforçada, e as práticas específicas de enterro seguro anti-Ebola, por três meses após o surto é declarada oficialmente terminada.

 

Fonte: BBC news


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