“Já se pode viver da música em Angola” – Pérola


Pérola, voz feminina angolana que tem encantado o mercado nacional e estrangeiro (com predominância nos Palop) falou em entrevista a Angop da sua carreira, da música angolana da actualidade e do futuro. Para a cantora, os músicos angolanos já podem viver da música.

Perolaa

Prestes a lançar o seu mais novo álbum  de estúdio intitulado “Mais de Mim”, entre vários assuntos, Pérola durante a entrevista Pérola contou detalhes sobre o CD.

“O “Mais de Mim” é um disco com 15 músicas, produzido em Angola, Portugal e Suíça (países onde foram gravados alguns temas). É um produto que traz aspectos (mensagens) que abordam o dia-a-dia da sociedade, tradição e da cultura angolana. É um álbum feito com muito carinho e com toda responsabilidade, pensando na legião de fãs que esperam, há quatro, anos por um novo disco.”

Que ritmos temos, neste trabalho discográfico? Houve alguma mudança, relativamente à rítmica constante no disco “Cara&Coroa”?

Pérola: Para quem ouviu o “Omboio” então pode estar descansado, que há música tradicional neste disco. Temos aí um kilapanga, porque apaixonei-me mesmo por esta rítmica angolana, de raiz e bastante mexida.

Quem temos, em termos de participação, neste novo rebento discográfico?

Pérola: Para a produção do “Mais de Mim”, como não podia deixar de ser, recorri, mais uma vez, aos préstimos do meu produtor habitual, o Heavy C, companheiro de longa data, pois foi com ele que fiz a minha estreia no mercado discográfico angolano. Temos ainda Dodge, C4 Pedro, Matias Damásio, Punidor e Anselmo Ralph, no que a criação de composições diz respeito. Agora, em relação à produção, contei com Heavy C, C4 Pedro, Dodge e Jorge Cervantes. Quanto à participação vocal, o disco conta com as intervenções de Dodge, C4 Pedro e Ivete Sangalo.

Perola e Ivete

Em Angola já se vive da música?

Pérola: Já. Fazer música é cansativo, mas em função do trabalho que se faz, posso afirmar sem medo de errar que já se vive da música. Exige seriedade, sacrifício, mas com força de vontade conseguimos viver do nosso trabalho. É verdade que às vezes sacrificamos a família, mas se não o fizermos não conseguimos obter ganhos.


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