Anselmo Ralph quer provar que “também tem um cérebro”

Anselmo Ralph concedeu uma entrevista ao jornal i onde fala da sua carreira, das suas inspirações e dos seus objetivos profissionais. Ser um “exemplo a seguir” é uma das principais ambições do cantor que já conquistou Portugal.

Aos 33 anos, Anselmo Ralph tornou-se o artista da moda, em Portugal. O cantor mostra-se ciente “do bom momento” que atravessa, e embora acredite no seu talento, afirma que as oportunidades que lhe têm surgido, como por exemplo ser jurado do programa ‘The Voice’, são o resultado da sua projeção e que lhe cabe provar, em cada uma dessas oportunidades, que também tem “um cérebro”.

Com seguidores em Portugal, Angola, Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe e certo de que o futuro passa pelo Brasil, Anselmo Ralph, em entrevista ao i, refere que o seu sucesso tem superado as suas “expectativas”. Apesar disso, o cantor mantém a humildade e os pés assentes na terra relativamente às bases do seu trabalho e àquilo que pretende conquistar.

“Sei que há muitos compositores que acabam por ser mais poetas e por viajar na arte, mas eu gosto muito de cantar o que as pessoas dizem no dia-a-dia”, diz, referindo que as suas músicas acabam por ser aquilo “que as pessoas dizem e não têm noção de que haveria de soar muito bem numa música”.

Ter uma mensagem é essencial para que consiga escrever, pois é através dela que guia a sua inspiração, sendo também essencial afastar-se de uma linguagem muito sensual, que pode acabar por se tornar sexual.

“Evito, muitas vezes ser muito ousado nas músicas, evito as palavras muito sensuais que, em determinadas alturas passam do ponto sensual para o sexual. Acabo por fazer músicas muito contidas a esse respeito, apelando mais à moral”, afirma.

Dito isto, e ciente de que a juventude está a “perder muitos bons costumes” garante que o seu maior objetivo é ser um bom exemplo a seguir pois “são os valores que marcam a diferença numa sociedade”.

Grato pelo “dom criativo” que Deus lhe deu, o cantor de ‘Não me toca’ sabe que o talento que lhe é atribuído é também resultado do seu bom momento e que o convite para integrar o júri do ‘The Voice Portugal’ não “foi por ser um bom cantor”.

“Foi mais por o Anselmo Ralph estar na moda e penso que agora toca-me a mim demonstrar que aqui dentro também existe um cérebro”, concluiu.

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